segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Imagem Tomar na rede, com os agradecimentos de TAD3.

Informação Património e Cultura

DOIS MALDITOS, um mais do que outro

O mais recente atentado contra o Mouchão, ao ser concedida pela Câmara autorização para uma concentração de automóveis em cima do relvado, foi também uma oportunidade para esclarecer certos aspectos da política local. O primeiro é que só dois suportes informativos noticiaram o acontecido -o Tomar na rede e o Tomar a dianteira 3. Os outros nada souberam. Gente feliz, sem lágrimas.

Os dois difusores da babaridade são também, não por acaso, os dois malditos do burgo. Quem os lê, comete um pecado de lesa-maioria PS, passível senão de castigo, pelo menos de orações de remissão. Confirma-se, todavia e por mera coincidência, que um deles é mais maldito que outro. O mais pequeno, já se vê. Como? De modo muito simples.

A marca de automóveis organizadora do tal encontro na relva mouchanesca deve ter sido abalroada por quem lhe concedeu a indispensável autorização, por sua vez fortemente pressionada pelo clima de insatisfação no vale nabantino. Daí resultou este comunicado correctíssimo:

“O Alfa Romeo Clube de Portugal tomou conhecimento desta situação ocorrida após o fecho do evento, no momento em que caiu uma tromba de água e que envolveu um participante sénior que alegou ter-se enervado e padecer de uma deficiência motora, tendo perdido o controlo da viatura quando saia do Jardim. O mesmo já assumiu as responsabilidades devidas com as entidades competentes.”

(Comentário copiado de Tomar na rede, a quem agradecemos)

Curiosamente, conforme os leitores podem facilmente constatar relendo o antes publicado, o comunicado só foi enviado ao Tomar na rede, mas esclarece detalhes que só foram difundidos no Tomar a dianteira. Refere por exemplo que se trata de um condutor sénior, com dificuldades motoras, e só Tomar a dianteira é que se referiu aos jovens bárbaros. Acrescenta que o dito condutor já "assumiu as responsabilidades devidas com as entidades competentes", o que se saúda, numa terra em que a culpa morre geralmente solteira, aproveitando para esclarecer que também foi só Tomar a dianteira que referiu os custos da reposição da relva, e quem os pagaria. Finalmente, convirá anotar que uma das fotos (ver acima) mostra dois círculos perfeitos no relvado, o que, para alguém que alega ter perdido o controle do carro, é notável!

Temos portanto mais uma prática tomarense, bastante original no universo informativo. Só os malditos é que informam cabalmente, por razões conhecidas, mas depois um maldito coloca as questões e o outro recebe os esclarecimentos não solicitados. É normal porque tem muito maior audiência. Mas os leitores mais atentos têm o direito de saber como as coisas acontecem e porquê.



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