segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Maioria PS nabantina

A RAINHA DAS FARTURAS

As próximas autárquicas estão previstas só para daqui a 3 anos, mas algo está ocorrendo na Câmara, nota-se alguma inquietação, que leva a presidente Anabela Freitas a fazer declarações e mais declarações. Em poucos dias, falou da impossibilidade de novo mandato, das obras, do arranjo do Flecheiro, dos ciganos, de mais um bairro calé, da Tejo Ambiente, e agora de eventuais investimentos privados:

https://radiohertz.pt/tomar-chegada-de-superficie-comercial-a-entrada-sul-da-cidade-podera-resultar-na-construcao-de-novo-quartel-da-gnr-e-ha-negociacao-com-e

Retail parque, Auchan, Mercadona, 200 empregos qualificados, numa indústria não poluente, e uma grande superfície na zona sul da cidade, que pode implicar a demolição do quartel da GNR, antiga prisão comarcã. Se quando a esmola é grande, o santo desconfia, agora com tanta esmola, o coitado já nem tempo tem para desconfiar. Quero acreditar em tudo, porque seria bom para Tomar, mas pelo menos quanto aos 200 novos empregos, (Air Liquide?) prefiro esperar sentado, num banquinho articulado oferecido por um grande amigo meu.

Admitamos ainda assim que é tudo verdade. Que não se trata de nova edição dos investidores americanos, árabes e israelitas, que nunca mais apareceram, uma vez ganhas as eleições. Pelo menos no que diz respeito ao hipermercado na zona sul da cidade, segundo informações de fontes fidedignas, a história está mal contada. O costume. Impera um pretenso segredo, que é muito vantajoso para os do poder, porque evita que se comprometam nomes que poderiam vir a desmentir qualquer contacto.

Tomar a dianteira pode avançar que há, ou houve, realmente negociações a três (REFER-Câmara-Hipermercado), tendo em vista uma eventual implantação, onde está agora o quartel da GNR. Há, todavia, 2 grandes obstáculos a ultrapassar. A empresa interessada pretende, não só a demolição da antiga cadeia, agora GNR, mas também do recente Bairro calé, por razões evidentes. Ninguém gosta de tal vizinhança. Muito menos uma grande superfície comercial, com experiência em vizinhos exóticos.

De acordo com as fontes contactadas, a Câmara está pronta a ceder quanto à antiga cadeia, mediante a edificação de um quartel novo para a GNR, mas tem-se mostrado indisponível para acabar com o Bairro calé, por dois motivos: 1 - Demolir agora, implicaria reconhecer que cometeram um erro, ao instalar ali o bairro, em plena zona urbana. E as eleições são já ali adiante. 2 - Não sabem onde encontrar outro terreno livre para reinstalar o clã Pascoal, de forma a que não contestem a mudança, estando fora de causa instalar os dois clãs -Pascoal e Fragoso- no terreno camarário em Valbom, por absoluta incompatibilidade entre ambos. Entretanto, se o impasse se mantiver, a empresa já informou que irá para outro concelho, onde também está em negociações.

Sendo as coisas aquilo que são, porque será que Anabela Freitas insiste em revelar só a parte da história que mais lhe convém? Julgará que os tomarenses são todos umas criancinhas?

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