terça-feira, 8 de junho de 2021

 



Quadros superiores municipais


VENCER NÃO CHEGA
HÁ QUE LIDERAR DE FACTO
SOBRETUDO DEPOIS

Noticiando concursos abertos pela câmara de Torres Novas, o blogue Tomar na rede avança um texto sólido sobre um procedimento usual e condenável do executivo tomarense:
Há nesse texto dois links que Tomar a dianteira não conseguiu abrir, como sempre acontece com o site da câmara de Tomar aqui em Fortaleza. Apesar dessa lacuna, é possível asseverar que os dados avançados pelo Tomar na rede são correctos, mas a respectiva conclusão está largamente incompleta.
Tomar a dianteira pode mesmo avançar que, salvo improvável opinião mais fundamentada, as sistemáticas nomeações de quadros superiores em regime de substituição não têm todas, nem sequer a maior parte, a filiação ou simpatia partidária como principal motivação.
Sem devassar grandes segredos, bastará pensar de forma detalhada no ocorrido nos idos de 2015, com o chefe de gabinete e o vice-presidente, para concluir que, apesar de socialistas militantes, ambos foram ceifados por determinada tendência interna, que é de facto quem quase tudo orquestra no município. Porquê? Seis anos decorridos, ainda nenhum dos afastados ousou abrir a boca. Mas alguma coisa se vai sabendo a esse respeito. Aguardemos.
Não será por mero acaso que, anos após terem desaparecido de Tomar todas as empresas de construção civil, cujo êxodo resultou de determinada situação, que por ora não adianta detalhar de novo, perante o marasmo ambiente e a nítida crise no sector do arrendamento, aparecem duas posições eleitorais aparentemente muito afastadas em relação a esse problema. Tão afastadas que praticamente só os intervenientes conhecem a peça em cena, da qual fazem parte integrante.
A candidata do PS apresenta, como um dos pontos do seu programa eleitoral, a construção de 50 alojamentos a custos controlados, para tentar animar o quase inexistente mercado local do arrendamento, e segundo declarou, responder aos desiderata de alguns investidores em potência. Habituada aos fundos europeus, mencionou até alojamentos T1, T2 e T3, esquecendo os T zero, mais baratos e mais adequados para solteiros e casais em início de vida, decerto por considerar que, graças às farturas da União Europeia, agora somos todos ricos. Ou pelo menos temos a mania disso, como mostram as obras da Várzea grande, por exemplo, em estilo novo rico parolo.
Mais hábil e oportuno, o candidato do CHEGA apressou-se, quase em simultâneo, a anunciar na mesma rádio que, caso vença, não haverá assessores exteriores na câmara, que tem muito bons funcionários. A única excepção, além dos eleitos, será o chefe de gabinete. Que bela música para os ouvidos da tecnoestrutura municipal, a tal tendência nitidamente endogâmica, cujos votos, face a tão bela opção, irão decerto para o venturoso partido estreante nestas lides.
Só falta apurar se Nuno Godinho considerou devidamente todas as vertentes da sua opção, ou se já está também dominado pelos tentáculos do polvo, sem disso se dar conta. A seu tempo se verá. Inevitavelmente.

1 comentário:

  1. O candidato do Chega é tão bom como os melhores...funcionarios.
    Pois após tão rapidas e funestas incursões por Partidos recem criados, sempre a correr atrás do proximo, na ansia de alcance de poder, que expetativas pode o A. Rebelo querer alimentar?!

    ResponderEliminar