sexta-feira, 18 de junho de 2021

 


Política local

A NOVA TROVA DO VENTO QUE PASSA

Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
O vento sente a desgraça
O vento logo me diz

(Adaptado da Trova do vento que passa, do socialista Manuel Alegre)

O que me diz o vento que passa?! Que as coisas não vão nada bem em Tomar, nem têm tendência para melhorar. Enquanto por esse mundo fora todos os destinos turísticos se vão preparando para a retoma, em Tomar nada. É o imobilismo habitual. São as opções erradas.(Ver textos anteriores sobre turismo). É o silêncio comprometido. Quem não informa é porque tem algo a esconder.
Aplica-se a velha fórmula "Não sabem, não querem aprender e têm raiva a quem saiba." O que significa que em vez de melhorar, andamos de cavalo para burro.
Como se não bastassem as asneiras bem conhecidas, nomeadamente nas obras, nas omissões e nas prioridades erradas, consta agora que também há sérias irregularidades políticas.
De acordo com fontes regra geral bem informadas -o tal vento que passa- são bastante tensas as relações entre a presidência do executivo e a da Assembleia Municipal. José Pereira não fará parte da próxima lista, alegadamente devido à idade e à sede excessiva. Fala-se num ex-CDU e ex-IpT como futuro presidente da AM.
Segundo as mesmas fontes, a AM não conseguiu, durante o mandato que agora termina, reunir as várias comissões, por falta de verbas para pagamento das senhas de presença. Na mesma linha, também foi forçada a renunciar às previstas reuniões temáticas nas freguesias, por não haver verbas disponíveis para compra do indispensável material eletrónico de som e gravação.
Sentindo-se entalado entre as reclamações dos deputados municipais, e a intransigência da presidente, numa de "O município sou eu!" e subsequente comportamento autoritário, o presidente da AM mostrou o seu desagrado, o que lhe valeu a futura exclusão da lista. 
A ser verdade tudo isto, já estamos em Tomar na fase do "quem não é por mim é contra mim", de triste memória. Como Salazar fazia com a Assembleia Nacional e Maduro faz com o parlamento da Venezuela.
Cabe agora à presidente e candidata, aos deputados municipais, e ao próprio presidente da AM, confirmar ou desmentir o que antecede, com a certeza de que "quem cala consente" e portanto reconhece ser verdade.
A ser assim, terá havido graves tentativas de limitar de facto os trabalhos da Assembleia Municipal, manietando os seus membros,  em total contradição com o disposto na legislação em vigor. Urge por isso esclarecer cabalmente a questão, para que não fiquem dúvidas.

ADENDA, ÀS 14h20 DE SÁBADO, 19 DE JUNHO

A confirmarem-se os factos antes alegados, o que me parece o mais provável, estamos perante um escândalo político de grandes proporções.
Em 2021, no seio da União Europeia, um município liderados por eleitos do PS, gastou 530 mil euros com subsídios a colectividades; 250 mil euros com eventos musicais  de entrada franca, e quase 100 mil euros em pagamento adiantado de publicidade a um semanário local em dificuldade, mas não cabimentou as verbas indispensáveis para que o parlamento municipal pudesse trabalhar livremente, como lhe compete. 
Acham isto normal? Aceitável em democracia plena? Vão calar-se, como habitualmente?  Gamela a quanto obrigas?

2 comentários:

  1. Sr. Dr. Rebelo, uma precisão na sua afirmação: "José Pereira não fará parte da próxima lista, alegadamente devido à idade e à sede excessiva. Fala-se num ex-CDU e ex-IpT como futuro presidente da AM". É público e notório que o Dr. Hugo Costa vai ser o cabeça de lista do PS à AM e, assim, candidato à presidência da Mesa da AM. E consta que, além do Prof José Pereira, há vários que não vão fazer parte da lista do PS à AM, designadamente os (homens) ex-IPT integrados nos onze primeiros lugares da lista de 2017. Cumprimentos e votos e saúde

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    1. Como o Sr Dr. bem sabe, pois já anda há muito nestas coisas da res publica, uma coisa é ser cabeça de lista para a AM, outra por vezes bem diferente, ser eleito pelos seus pares.
      Não estou a ver o respeitável sr. deputado da República presidindo a um órgão no qual o seu partido não tem maioria. E, ou estou muito enganado, ou a 26 de Setembro os resultados em Tomar vão surpreender muita gente. A arrogante "nova centralidade" foi uma séria canelada na credibilidade PS.
      Agradeço e retribuo a saudação e os votos.
      Vai dar certo, como dizem os irmãos daqui. Só não sabemos ainda como.

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