Autárquicas 2021
PERSPECTIVAS SOMBRIAS
PARA O PS LOCAL
Já o poeta se lamentava: "erros meus, má fortuna, amor ardente"... Apesar disso, há políticos que nunca vão tão longe. Nunca admitem publicamente os erros, queixando-se antes de infelicidade, perseguição e inimigos ingratos. Casmurrice. É nesta altura o caso do PS-Tomar
Procurando ver objectivamente as coisas, as perspectivas são mesmo muito sombrias. Na Assembleia Municipal, o caso da Tejo Ambiente ainda vai fazer correr muita tinta. Agora liderado de alguma maneira pela CDU, que já solicitou documentação e pediu a inclusão de um ponto na ordem de trabalhos, ainda é cedo para dizer até onde poderá ir, e que consequências poderá vir a ter. Aguardemos.
No caso da protecção camarária aos ciganos de Tomar, uma recente megaoperação policial, desencadeada pela PSP de Lisboa e que deixou os colegas nabantinos a ver passar as carrinhas, está a causar alguma celeuma, dados os meios envolvidos e os resultados conseguidos.
Numa crónica publicada pelo Tomar na rede, visivelmente da autoria de alguém da PSP, acusa-se a autarquia de ter adoptado políticas incorrectas, que estão na origem da complexa e perigosa situação presente. Não basta atribuir casas aos ciganos, refere o texto citado:
https://tomarnarede.pt/opiniao/o-poder-de-zeus/
Complicando ainda mais um enquadramento cada vez menos acolhedor para os eleitos, a sondagem em curso no Tomar na rede mostra resultados inesperados. O PS aparece em 3º lugar, ultrapassado pelo tradicional PSD e pelo inesperado CHEGA. Sondagem cujos resultados carecem de rigor, dirão alguns. É possível. Aquando das próximas eleições logo se verá. Entretanto, os pequenos partidos aparecem com resultados semelhantes aos de 2017. Simples acaso?
Perante tudo isto, uma de duas. Ou a actual maioria socialista resolve descer do pedestal onde julga que está, perde a arrogância e a auto-suficiência, pede ajuda e arranja planos capazes e soluções adequadas; ou era uma vez uma presidente e uma maioria que. deslumbrados pelo poder, julgavam ter um futuro brilhante, que afinal se revelou sombrio.
Faltam pouco mais de três meses para as autárquicas de 2021. Conforme reza a tradicional fórmula gaulesa, "antes da hora ainda não é a hora, e depois já não é a hora; há que saber aproveitar o tempo certo". Que é agora, digo eu. Agora, ou passem muito bem, se puderem. Se não mudarem, não ganham.
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