Política regional/Evolução demográfica
EIS A NOSSA TRISTE EVOLUÇÃO
Como tantos outros, mas decerto em maior percentagem, os tomarenses lêem as notícias dizendo que Portugal diverge cada vez mais da União Europeia, ao ponto de os ex-países comunistas já nos terem ultrapassado, e pensam que não é nada com eles. Pareceu por isso oportuno consultar alguns dados, para poder comparar com os concelhos vizinhos. Eis o que consegui, referente a eleitores inscritos nas respectivas datas.
ANOS.......................2001...................2021
ABRANTES.............38.474................31.806.................menos 6.668 inscritos
ENTRONCA............14.973................16.973.................mais.....2.000 "....
F. ZÊZERE................8.235..................6.932.................menos .1.303 "
OURÉM...................37,218................40.937.................mais.....3.719 "
TOMAR....................39.330...............34.031.................menos .5.299 "
T. NOVAS.................31.769...............30.895.................menos....874 "
(Dados obtidos a partir dos resultados oficiais das eleições dos anos indicados).
Temos assim que, nos últimos vinte anos, dos seis concelhos da região, dois aumentaram a sua população (Entroncamento e Ourém) e quatro tiveram saldo negativo, com destaque para Abrantes e Tomar, os mais atingidos, por esta ordem.
Perante isto, os bons cérebros nabantinos do costume, vão alegar que tal se deve à interioridade, e quando se responde que, apesar da interioridade, Entroncamento e Ourém cresceram, contrapõem que o Entroncamento tem a CP e Ourém tem Fátima.
É tudo verdade, queridos conterrâneos e afins. Mas, indo por essa via, Tomar tem o Convento, Torres Novas tem a A1, Abrantes tem o Tramagal e Alferrarede, Ferreira do Zêzere tem a albufeira do Castelo do Bode, e assim sucessivamente.
Após estas singelas constatações fica-se, mais uma vez, com a ideia que Tomar tem também muita massa cinzenta inoperacional na área política, o que obviamente constitui um problema. E que problema!
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