Política local/comentários
RESPOSTA BEM HUMORADA A UM CONTERRÂNEO FELIZ
Leonel Antonio
MUITO BOM
TENHO 64 ANOS
NUNCA ME LEMBRO DE VER TANTA CRIANÇA FELIZ NESTE ESPAÇO.
COM TODOS OS DEFEITOS QUE POSSA TER !!!
MAS LEMBRO-ME BEM, DE ESPALHAR, TONELADAS DE SAIBRO, BRITA, TOUT VENANT, PÓ DE PEDRA, ETC.
A TAPAR BURACOS,
COM UMA PÁ NAS MÃOS.
COM SOL E 37 GRAUS DE TEMPERATURA.
A CHOVER,
COM NEVE.
ETC.
NUNCA NINGUÉM, COMENTOU, NEM TEVE PENA DE MIM.
HOJE FIQUEI FELIZ DE VER O MEU NETINHO A ESTREAR UMAS SAPATILHAS NOVAS.
E A SAIREM LIMPINHAS.
SÃO COISAS DA VIDA !!!!
Caro conterrâneo Leonel António:
Também fiquei muito feliz ao ler esta sua mensagem no Tomar na rede, uma vez que não frequento o Face, apesar de várias insistências nesse sentido. Alegra-me sempre, quando vejo um conterrâneo contente.
Além disso, achei este seu texto tão ternurento que, após várias hesitações, não resisti a responder-lhe Respeito, sem qualquer reserva, a sua opinião e a liberdade de escrever aquilo que pensa. Faça favor de continuar nessa linha, tão pouco habitual entre os tomarenses.
Dito isto, se bem percebi, o sr. foi contratado pela Câmara, por concurso público, ou mediante "cunha", isso agora não interessa, como trabalhador indiferenciado, não é verdade? Sendo assim, porque deviam ter pena de si, ou comentar a sua tarefa de espalhar com uma pá areia, saibro ou tout venant no piso da Várzea grande? Era algum ato heróico? Mesmo com chuva, neve ou altas temperaturas? Não estava simplesmente a executar uma tarefa normal? Alguma vez morreu ou ficou ferido algum funcionário camarário, quando executava esse trabalho de pá e pica?
Não se lembra de ver tanta criança feliz na Várzea grande? Mas isso é natural, agora que o Estado PS ampara todos, até que a Europa nos vá sustentando com as suas esmolas. A questão é outra. Trata-se de saber em que aspeto ou aspetos as obras de 3 milhões de euros tornaram aquele espaço mais adequado para competições, nomeadamente juvenis. Assim à primeira vista está na mesma, ou pior ainda, pois faltam-lhe as árvores para dar sombra.
Mas tem razão num ponto, conterrâneo Leonel. Agora as crianças não sujam as sapatilhas novas, o que dantes era um horror. Se calhar era até por isso que, quando eu frequentei a velha escola primária da Várzea grande, entre 1948 e 1952, os meus condiscípulos do Alto do Piolhinho, de Juncais, das Algarvias e assim, vinham descalços e assim regressavam a casa. Ou seria por não terem naquela altura um avô aposentado da função pública, para lhes oferecer umas sapatilhas novas, para participarem num evento desportivo, patrocinado pela câmara, entidade empregadora do conterrâneo Leonel comentador?
Votos de boa saúde, boa disposição e bons comentários!
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