Candidatura PS
EVIDENTE FALTA DE RESPEITO
PELAS NORMAS DEMOCRÁTICAS
Segundo a Rádio Hertz, que não é propriamente da oposição, a cabeça de lista socialista e presidente do executivo municipal até às próximas eleições, "Anabela Freitas, abordou um conjunto de estatísticas... ...para se centrar depois nos objetivos da estratégia local de habitação para os próximos anos."
Simples lapso de linguagem? Não parece. Ainda recentemente, a mesma candidata e presidente do executivo se referiu publicamente à "estratégia local de turismo para os próximos anos".
Estamos assim perante declarações inaceitáveis, vindo de quem vêm, porque representam uma evidente falta de respeito pelas normas democráticas. A que título e com que legitimidade pode Anabela Freitas propor ou adoptar qualquer estratégia para os próximos anos?
É fora de dúvidas que o actual mandato autárquico, aconteça o que acontecer, termina com as próximas eleições. Por conseguinte, as declarações da cabeça de lista socialista anunciam um facto consumado. Está feito, quem vier a seguir, se não for eu, que se amanhe. Pode ser gratificante para quem assim pensa, mas não é nada elegante, nem aceitável em democracia, onde nunca deve haver factos consumados.
Tanto mais que, já anteriormente, comentando um voto desfavorável da Assembleia Municipal, no caso das contas da Tejo Ambiente, a que também preside, Anabela Freitas foi frontal. Declarou que a Assembleia Municipal votou contra, mas o executivo tem de pagar na mesma. Subentendido, o voto negativo da AM não vale nada, nem impede que eu pague.
Uma vez desculpa-se, duas vezes tolera-se, três vezes é demais. À luz destas declarações a cabeça de lista do PS mostra ter umas costelas de ditadora. Tipo quero, posso e mando. Faça-se!
Está no seu direito, pois foi eleita democraticamente. Mas se as instituições e as normas democráticas só servem para ornamentar, como as obras da Várzea grande, então acabe-se com elas.
Se as votações da Assembleia Municipal só têm algum valor e eficácia quando são favoráveis à actual maioria PS, mais vale acabar com o órgão. Fica muito mais barato e evitam-se quezílias. Deixa de haver democracia? Paciência. Não se pode ter tudo e, para ser franco, os tomarenses em geral nunca me pareceram muito democratas. Tanto assim que, mais de metade não vota, e a maioria nem se incomoda nada com estas coisas.
"Ainda se fosse uma boa feijoada, uns pipis, uns tintóis, umas bejecas, uma passeata ou uma jogatana tipo Sporting-Benfica, ainda vá que não vá. Agora política? Metam-na num sítio que eu cá sei!"
Infelizmente é assim que pensam muitos, e são livres de o fazer. Abril também foi feito para eles. Mas como terra, não vamos longe com gente assim.
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