domingo, 13 de junho de 2021

 



Carvalhos de Figueiredo e outras lacunas


A CAUSA DA CAUSA DO DESASTRE


Num notável comentário, cuja leitura se recomenda:
https://tomarnarede.pt/sociedade/carvalhos-de-figueiredo-nao-tem-nada/
A. Samora, que Tomar a dianteira ignora quem possa ser, interroga: "E estavam à espera de quê?"
Naturalmente, à espera de ser tratados com a dignidade que merecem e que lhes tem vindo a ser negada, (refiro-me a todos os eleitores do concelho), para beneficiar meia dúzia de bonzos com hábitos pouco recomendáveis.
Procurando explicar de forma mais clara, deixa subentender A. Samora que a culpa é da maioria socialista. O que é verdade, mas não toda a verdade.
Tal como outros, designadamente o saneamento da zona Sinagoga-Hospital velho, o problema de Carvalhos de Figueiredo é antigo. Já passou também por mandatos PSD. Porquê?
Vários indícios sólidos (que neste país e nesta terra é sempre muito complicado arranjar provas formais) apontam no sentido de que a maioria socialista é apenas a causa próxima de uma outra mais acima. Controlados de facto, em virtude da sua ignorância na matéria, por alguns técnicos superiores mais habilidosos e gananciosos, os eleitos acabam por subscrever o que lhes põem à frente, pedindo a Deus que um dia não sejam chamados a prestar contas perante os tribunais.
Para não alongar demasiado, digamos que qualquer cidadão mais atento topa perfeitamente a tendência geral para o espampanante, o grandioso, o vistoso, o ornamental, em detrimento do útil e prioritário. Como no caso da Várzea, da Nun'Álvares, ou do previsto para a estrada da Serra e a Praceta Raúl Lopes. Porque será? Só para agradar ao povo?
Apenas e só por ganância. Quanto mais cara a obra, mais caro o projeto e mais substanciais as "escorrências por baixo da mesa" para os diversos intervenientes. 
Carvalhos Figueiredo está assim, não por mera pouca sorte, mas apenas porque não dá para "grandes voos". Não tem por onde  "meter a mão". Tanto mais que a estrada pertence ao Estado, o que complica tudo, com a eventual fiscalização de Lisboa, mais atenta e "interessada". Por isso tem vindo a ficar para melhor oportunidade. E assim continuará, enquanto não houver na autarquia uma maioria com coragem para acabar com todas as atuais comissões de serviço, passando a recrutar todos os técnicos superiores exclusivamente por concurso público, com júri independente.
Até nos prostíbulos sabem disso: sempre e só com as mesmas meninas da casa, o negócio acaba por dar o berro, por falta de clientes. É o que vai acontecendo paulatinamente em Tomar.

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