segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Serviços municipais de atendimento ao público

Deve ser para evitar filas, 

como nos centros de saúde...

Chegou ao meu mail esta imagem, com a observação "apesar de já não haver COVID" :



Da leitura do documento, concluí que o arquivo municipal de Tomar só funciona para o público a meio tempo. Um total de 15 horas por semana. Menos de metade do horário normal da função pública, de 35 horas/semana. Porquê, questionei-me? Falta de pessoal?
Consultado o Anuário financeiro dos municípios portugueses, edição 2021, a última disponível, elaborei o seguinte quadro, dividindo a população pelo total de funcionários municipais:

CONCELHO......HABITANTES......FUNCIONÀRIOS M..........HABITANTES X FUNCIONÁ. MUN.

T. NOVAS...............34.114...........................574............................................1 para 59 hab.

TOMAR..................36.414...........................589............................................1 para 61 hab.

SANTARÉM...........58.671...........................728............................................1 para 81 hab.

OURÉM..................44.538...........................509............................................1 para 87 hab.

LEIRIA.................128.616...........................706............................................1 para 182 hab.

Perante estes dados, cai por terra a hipótese de falta de pessoal para assegurar o serviço de arquivo municipal de Tomar a tempo inteiro. Cada qual tirará as suas conclusões. Não quero que voltem a acusar-me de estar a "dizer mal".
Apenas mais uma nota final, para lastimar e apoiar os funcionários autárquicos de Leiria. Coitados! Com apenas 1 funcionário municipal por cada 182 habitantes, três vezes mais que em Tomar ou T. Novas, aquilo deve ser praticamente um regime de trabalho forçado, ou mesmo escravatura. E no entanto, Leiria vai avançando e Tomar vai ficando para trás. Há qualquer coisa que me escapa. De certeza!



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