Tomar na TV SIC
Programa "Boa cama boa mesa" 2
Tal como acontece com os hotéis, geralmente com uma maioria de quartos de duas camas, também a SIC decidiu emitir dois programas "Boa cama boa mesa" sobre Tomar. Uma espécie de prémio para os nabantinos, que gostam muito de penacho. De aparecer, e de ver a urbe nos pequenos ecrãs. Vaidade? Cabotinismo? Ânsia de protagonismo? Eles aí estão que o dirão, se quiserem.
Para já, temos a opinião do pacóvio "pseudo Manuel", no Tomar na rede: "Que orgulho sentem os verdadeiros tomarenses ao verem a sua cidade num dos programas mais badalados da SIC". Dado que não sinto nenhum orgulho especial ante tal programa, por entender que não há razão para tanto, calculo que devo ser, aos olhos da personagem, um falso tomarense, apesar de nascido em Tomar, filho, neto, bisneto, trineto e tetraneto de nabantinos. Mas os tomarenses de fresca data, tipo "pseudo Manuel" é que sabem. O futuro pertence-lhes. E que futuro!
Retornando ao programa da SIC, parte 2, de visão muito agradável e com uma locução distinta, de " sotaque lisboeta com chá", estranha-se a ausência dos eleitos da maioria socialista. Nem a presidente, nem o vice, nem a vereadora do turismo. Que se passa para gente tão ilustre e amiga de aparecer, ter resolvido delegar nos subalternos, como se costuma fazer na tropa?
Dos três que falaram, dois estiveram sem reparo. O João Victal, que falou sobre os tabuleiros, é um valor seguro e o Nuno Garcia Lopes, técnico municipal de comunicação é poeta nas horas vagas, não se estranhando portanto que ambos tenham estado à altura da função de comentadores ocasionais. Já o André Camponês, antropólogo contratado pelos socialistas para elaborar a candidatura dos tabuleiros a património imaterial da UNESCO, e mais tarde como técnico superior de antropologia, não esteve feliz.
Falando sobre a roda do Mouchão, avançou que "testemunha a ocupação árabe do território, pois foi desenvolvida durante essa ocupação." Nunca tal tinha ouvido, e já por cá ando há muito tempo. Mas aprender até morrer. Estava eu convencido que a velha roda tem influência árabe, provavelmente do Al Garb ou do Al Andaluz, mas nada a ver com uma ocupação árabe da região nabantina, que de resto nunca aconteceu.
Rematando, o Boa Cama Boa Mesa viu-se com agrado? É verdade. Promoveu alguma coisa? Eventualmente aquele café-livraria do Bairro da flores, que bem merece. A Sinagoga, o Museu dos fósforos, a Lúria ou a Bela vista, são valores seguros há anos. Não necessitam de promoção. E o Convento ainda menos. Há é necessidade urgente de estruturas de acolhimento turístico, sem as quais...
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