quinta-feira, 3 de novembro de 2022


Obras municipais

Finalmente? Ou é só fumaça?

Em mais um prato do grande linguado que a presidente Anabela Freitas forneceu à Rádio Hertz, e que os seus profissionais cortaram depois às postas, para o tornarem mais comestível, fica-se a saber que, no próximo ano, os tomarenses vão ter, de uma assentada, as obras da Choromela, os passeios em Carvalhos de Figueiredo e a requalificação da parte esquecida do centro histórico. Mas as obras só poderão começar após a Festa dos Tabuleiros, salvo na Choromela. Anúncio algo prematuro, portanto.

TOMAR – Requalificação da Nacional 110, intervenção em Casal dos Frades e separativos no centro histórico. São estes alguns dos objetivos para 2023 (c/vídeo) - Rádio Hertz (radiohertz.pt)

Dez anos depois de ter tomado posse, a maioria liderada por Anabela Freitas lá consegue finalmente avançar com as prioridades urgentes, anteriores a 2013. Ou pelo menos anuncia que vão avançar. A srª presidente revelou que o projeto de Carvalho de Figueiredo, por exemplo, ainda agora está na fase das consultas exteriores, o que é pouco tranquilizador. Quem garante que esteja tudo pronto para avançar em 2023? Em 24 ou 25 até convém mais, por causa das autárquicas.

Não se trata aqui de criticar os eleitos da atual maioria, onde não há arquitetos, nem engenheiros, nem académicos com estaleca, mas antes outros sectores nitidamente mais responsáveis, que só agora, esgotados os mananciais onde era possível "beber" mais à vontade, se voltam para as obras mais modestas e mais complexas, por isso com menos "escorrências". 

Ou terá sido por mero acaso que o único arquiteto da então maioria, que até era também vice-presidente, foi corrido após dois anos no cargo, sem que se saiba até hoje porquê? Além de não cuidar muito das aparências, qualquer calhorda tende a considerar que os outros são tão lorpas como ele. E nos escalões superiores técnicos da autarquia há vários calhordas, que só não se nomeiam aqui, com factos a apoiar, para garantir direitos individuais inalienáveis.

Um dos princípais problemas do executivo tomarense é mesmo esse. Sabem perfeitamente que há vários calhordas em diversos serviços, mas não têm coragem nem meios para tomar uma providência, como se diz aqui pelo Brasil.

A ver vamos o que vai acontecer e quando vai começar. Porque as prioridades de hoje já não são bem as mesmas de há dez anos. Em Carvalhos de Figueiredo, por exemplo, já não bastam os esgotos pluviais e os passeios. Agora terá de haver também ciclovias, porque é a única zona plana de ligação ao centro urbano, bem como semáforos automáticos eficazes, devido aos novos carros elétricos silenciosos, que são um perigo para os peões e os ciclistas. E as casas da aldeia são de ambos os lados da estrada nacional, ainda sem passeios ou espaço para pedestres.

Mesmo no caso da requalificação da parte esquecida do centro histórico, apesar de vir lutando por ela desde antes de 2013, agora ficava bem mais satisfeito sem as obras, desde que me reduzissem o preço da água e das taxas anexas para metade. Porque havendo tantos a poluir o Nabão, a começar pela autarquia, mais um menos um...


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