Imagem Tomar na rede, com os nossos agradecimentos, alterada por TAD3.

Recuperação do património  

Técnicos superiores calhordas 

são um perigo para o património

A imagem supra mostra um belo exemplo de recuperação do património por particulares, na Rua de Pedro Dias, antigo bordel da cidade. O projectista fez tudo pelo melhor, mas foi forçado por técnicos calhordas da Câmara a mandar colocar as caixas de acesso e dos contadores da água e da luz no exterior, ao lado das portas. É chocante, revoltante mesmo, porque é de uma falta de gosto e de coerência que salta à vista. Temos uma bela fachada recuperada, a imitar tempos idos, mas com caixas metálicas atuais, que até podiam e deviam estar escondidas no interior, no vão de acesso de cada apartamento.

Claro que os calhordas autores da coisa, vão alegar que assim facilita a tarefa dos funcionários encarregados das leituras, o que é verdade. Todavia, com os novos contadores de leitura remota, que tendem a generalizar-se, lá se vai a grande vantagem. E os funcionários das leituras. Mas as nódoas como esta vão ficar. Infelizmente, os calhordas também.

Vão ficar, porque os tomarenses não são pessoas para protestar, mesmo para defender os seus direitos. Se fossem cidadãos civicamente responsáveis, já saberiam decerto que as imposições dos técnicos superiores calhordas e respectivas consequências, são ilegais, e por isso constituem abusos de poder, susceptíveis de anulação e reparação por prejuízos causados.

Basta ler o Decreto regulamentar 23/95 de 23 de Agosto, Artigo 107, ponto 1:

"Nos edifícios confinantes com a via pública, os contadores devem localizar-se no seu interior, na zona de entrada ou em zonas comuns, consoante se trate de um ou vários consumidores."

Perante tão lamentável situação, causada exclusivamente pelos seus incompetentes técnicos superiores, poderia e deveria a maioria socialista proceder no sentido de instalar todas aquelas caixas no interior, em conformidade com a lei, assumindo os respectivos custos, sob pena de ser acusada de cumplicidade e complacência, porque aquilo, em termos de estética, está uma vergonha. Ilegal, ainda por cima.

Quanto ao PSD, pode escolher. Ou leva a questão à reunião do executivo, suscita o debate e procura obter reparação para os lesados, ou mantém-se como até agora. Parceiros do PS, nos bons e nos maus momentos. Estando próximo de Fátima, pode ser que em 2025 haja um milagre, apesar de tudo. Quem sabe?