sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Imagem Rádio Hertz, com os nossos agradecimentos.

Obras municipais em S. João Batista

Mais um adiamento e trabalhos a mais

As obras em curso na igreja de S. João Batista, que pertence ao Estado, "devem ficar concluídas a tempo da primeira saída de coroas", revela a Rádio Hertz, citando o vice-presidente da autarquia:

https://radiohertz.pt/tomar-obras-na-igreja-de-sao-joao-batista-camara-acredita-que-as-obras-estejam-finalizadas-a-tempo-da-primeira-saida-de-coroas/

Trata-se de mais um adiamento sem dizer o nome, conforme se deduz da própria notícia: "As obras têm conhecido sucessivos adiamentos, devido a uma série de contingências..."

Nas obras da Estrada da Serra, segundo declarações da própria presidente da câmara, citadas em crónica anterior, os motivos invocados para o adiamento da conclusão atempada foram dois. Erros de projeto e cartografia municipal desatualizada. Nesta intervenção em S. João, a autarquia parece ter-se ficado por "uma série de contingências", sem especificar.

Não tendo havido neste caso, a julgar pela notícia referida, erros ou lacunas de projeto, nem cartografia camarária desatualizada, ficou a dúvida. Que contingências? E após alguma reflexão, veio uma resposta, eventualmente incompleta ou menos correta. 

Encantada com os fundos de Bruxelas, quase gratuitos, para restaurar um monumento tutelado pela DGPC e não pela Câmara, Anabela Freitas foi aceitando as sucessivas propostas de trabalhos a mais, feitas pelo empreiteiro, porque não previstas no projeto inicial, sem se preocupar com a indispensável calendarização, planeamento temporal ou cronograma. Ou seja, nunca terá sequer perguntado, antes de decidir, "E quanto tempo é que isso vai levar?" Ou perguntou e deram-lhe nessa altura respostas convenientes, só para tranquilizar?

Agora, aparentemente, os dados estão lançados. Resta rezar ou fazer votos, consoante a fé de cada um, para que a vontade autárquica -obras prontas a tempo da primeira saída das coroas- se concretize. Porque, caso contrário, haverá bronca. 200 mil euros em trabalhos a mais, e as coroas a terem de saír de Santa Maria, de Nª Srª da Graça ou de S. Francisco, seria apontado como um exemplo flagrante dos desastres causados por evidente falta de planeamento adequado da autarquia. Como já vai acontecendo veladamente noutras áreas, por não haver um plano local de turismo, nem eleitos que saibam muito bem o que isso possa ser, após 20 milhões de euros gastos só em promoção, desde 2013 (subsídios a coletividades e eventos gratuitos). Fora o resto! Para promover mais precisamente o quê? Uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma?

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