Imagem Tomar na rede, com os nossos agradecimentos
Política local/Autarquia/ Eventos
Aquilo não foi feito para isso
Noticia o Tomar na rede que já começaram a montar o palco para o concerto dos Quinta do Bill, previsto para a noite do próximo dia 4:
https://tomarnarede.pt/cultura/palco-para-os-quinta-do-bill-ja-esta-a-ser-montado-na-varzea-grande/
Cumpre desejar boa sorte aos artistas, que merecem, porque são profissionais competentes e músicos brilhantes. Oxalá a meteorologia colabore, como parece ser o caso. O IPMA prevê alguns aguaceiros nos dias anteriores, e temperaturas diurnas a ultrapassar ligeiramente os trinta graus. Uma noite serena, portanto.
Se, em vez de tal acalmia estival, houvesse dias bastante quentes, os admiradores do Quinta dos Bill dar-se-iam conta que a Câmara errou novamente, ao indicar aquele largo para o concerto. Percebe-se porque o fez. É cada vez mais evidente que se tratou de obras mal planeadas, tipo esbanjar dinheiro só para ornamentar, pelo que é natural que quem as aprovou tente agora, a todo o custo, recuperar algum crédito pessoal. Donde a ideia de haver ali um concerto, para tentar demonstrar que a Várzea também pode servir para isso mesmo -eventos culturais. Trata-se de mais um erro crasso. Aquilo não foi feito para isso. Foi só para enfeitar.
A Várzea, o multi-secular rossio e campo da feira, agora já nem para concertos serve. Toda lajeada, de inverno é demasiado fria e desabrigada. De verão, pelo contrário, as lajes acumulam o calor proveniente dos raios solares ao longo do dia, difundindo-o durante a noite por reverberação, o que se torna bastante desconfortável para quem tenha de estar ali sentado durante algum tempo. Qualquer cidadão que, como o autor destas linhas, já tenha vivido em apartamentos aquecidos pelo pavimento (sistema que entretanto já foi abandonado), sabe do que se está a falar. Uma desagradável impressão de alta temperatura, primeiro nos pés, depois nas pernas.
No caso, poderia até ajudar o calor humano ambiente, mas os briosos músicos não necessitam de tal circunstância. Fica portanto a constatação de mais um erro, (que só não é grave porque o tempo ajuda), e as perguntas inevitáveis: Porque não marcaram o concerto para o ex-estádio, nitidamente mais apropriado sob todos os pontos de vista? Foi para proteger a relva sintética? Mas a ser esse o caso, porque não têm tido a mesma cautela com o agora vandalizado Mouchão? Não é também património do povo do concelho?
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