sábado, 14 de agosto de 2021

 


Vida local/ Actividade cultural

Uma corrida de toiros à antiga tomarense
Há aficionados que concordam 
e aficionados que não concordam?

Está anunciada uma corrida de toiros em Tomar, para ajudar o CIRE, exaltar os forcados amadores e homenagear os emigrantes, cuja saudade obriga ao temporário mas regular regresso ao país. Será na noite de 21 de Agosto.
Aproveitando a boa ocasião, dado que não é preciso criticar a autarquia desta vez, começo por dizer que sou favorável às corridas de toiros, tanto à portuguesa como à espanhola, tratando-se de animais criados exclusivamente para tal fim. Como acontece com os frangos ou as vacas, destinados a consumo humano. São espectáculos cruéis? Só lá vai quem quer e decerto porque gosta de uma actividade artística com centenas de anos.
O cartaz anunciador da corrida contém algumas pérolas que peço licença para explicitar, no sentido de melhorarem futuras edições de material semelhante. Logo a abrir lê-se "Praça de Toiros de Tomar (segunda categoria)". Há engano de certeza! Antes de mais, porque ninguém gostará de ir assistir a uma corrida de toiros numa praça de segunda categoria, pois não estou a ver uma corrida de primeira numa praça de segunda. O oposto é que acontece por vezes. Publicidade negativa, portanto.
Segue-se que em Tomar não há nada de segunda, a começar pelos próprios habitantes. É tudo de primeira e extra. Até eu, que como todos sabem, não sou nada mole a criticar, sendo por conseguinte de primeira, sempre me limitei em relação aos políticos locais. Nunca escrevi que são de segunda ou abaixo disso. Alguém está a ver em Tomar eleitos, ou uma maioria autárquica, de segunda categoria? É tudo de categoria extra. E cá cada exemplar!
A mostrar a inegável categoria nabantina, sempre patente naquilo que fazem ou dizem, pode ler-se no cartaz, certamente por imposição legal, que "o espectáculo pode ferir a susceptibilidade dos espectadores". À boa maneira do TIMTIM, até acrescentaria mais: "E até das espectadoras". Provavelmente até dos toiros, mas esses, coitados, (ainda?) não têm direitos cívicos.
Bouquet final: "Espectáculo para maiores de 12 anos". "Não é permitida a entrada de crianças com menos de 3 anos." Em que ficamos afinal? Os menores entre os três e 12 anos podem entrar, desde que não assistam ao espectáculo? É o que parece. E nos toiros, como na política em geral, que por vezes até parece uma tourada, aquilo que parece é.
Ou estaremos perante mais uma edição da bem conhecida frase tradicional tomarense "Há sócios que são sócios...", que neste caso daria: "Há menores que podem entrar e não assistir e menores que podem entrar e assistir."
A concluir, tenham lá paciência, mas aquele cor de rosa não é nada tauromáquico em cartazes. Só nalguns trajes de luces de nuestros hermanos. Ou também já há pessoal maricas na área tauromáquica? Era só o que faltava.

1 comentário:

  1. Em grande forma ,os OITENTA estão a fazer-lhe bem!
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