terça-feira, 17 de agosto de 2021

 Está-se mesmo a ver que o que falta aqui é um passadiço para peões e bicicletas. Ou não? E já agora, uma ovelha para ir limpando a erva, enquanto não houver passadiço...

Política local/ Autárquicas 2021


Oportunismo político eleitoralista

É mais um desaforo da actual maioria autárquica tomarense. O costume. Na reunião do executivo de ontem, providenciaram que fosse aprovada -por unanimidade, imagine-se!- uma proposta de construção de um passadiço pedonal ciclável, ou vice-versa, entre o sul da cidade e S. Lourenço. Com um brinde para a população sem bicicleta: Está também incluída no projecto a construção de passeios na estrada nacional 110. Até onde? Por enquanto não se sabe. A notícia não refere. Até porque, pela maneira como a coisa foi apresentada, percebe-se sem mais explicações que o importante mesmo é o passadiço. Os anunciados passeios parecem ser apenas uma concessão contrariada.
Desta vez, foi Hugo Cristóvão que se encarregou, ou foi encarregado, de dar o peito às balas:
Como habitualmente, teve a involuntária amabilidade de fornecer a matéria e os pretextos para a crítica.. Anunciar uma obra assim, sem especificar onde começa nem onde acaba no terreno, e muito menos quando será iniciada e para quando se prevê a conclusão, é abusar da boa fé de quem ouve ou lê, dando assim argumentos a quem critica.
Acrescentar que "há ainda umas arestas a limar", a mês e meio das eleições, só pode ser reles oportunismo político eleitoralista. Se nada está ainda devidamente concluído, em termos de adequada preparação do concurso ou dos concursos, para quê abordar o assunto em reunião de câmara, e depois na imprensa local? Têm medo que as obras  fujam? Ou é só sede de votos?
Alguns apoiantes da actual maioria, cujo rigor analítico é bem conhecido, vão alegar que todas as maiorias autárquicas fazem o mesmo. Alinham muitas  promessas antes das eleições. Têm razão. Convém contudo saber distinguir entre alinhar promessas e abusar da paciência dos eleitores, ou tomá-los por crianças ávidas de doces, que nem sequer sabem quando virâo, como é o caso.
Passadiço pedonal ciclável até à rotunda da A 13? Aplaudido. Passeio de ambos os lados da nacional 110 até ao cruzamento da Guerreira?  Igualmente aplaudido. Mas tudo a seu tempo. Com projectos completos e capazes, com financiamento assegurado e com datas para o lançamento do respectivo concurso, o início das obras e a data prevista para a sua conclusão. Tudo já sem arestas para limar.  O resto não passa de estilo eleitoralista atamancado. Ou acriançado. E a autarquia não deve ser nenhum ATL, embora um seu ex-integrante assim a considere. Ele lá sabe porquê.

1 comentário:


  1. Da entrevista na radiohertz, o que percebi da explicação - algo atabalhoada- é que foi aprovado a elaboração do projeto de execuçao (que terá que ser depois aprovado pelas entidades envolvidas APA, IGCP, DGPC, etc etc)..

    A intenção PARECE ser fazer um passeio ao longo da EN110 através de Carvalhos Figueiredo, sendo que na zona entre o Padrão D Sebastião (rotunda) e o açude das Ferrarias teria que ser um passadiço (ok, a moda agora é passadiços.. então tem que se dizer passadiços muitas vezes, porque isso parece que dá votos, mas não esquecer que esse passadiço - já repeti 3x - seria instalado na zona onde está prevista uma ponte (no PP do Flecheiro, que está em coma induzido, até ver)

    Do que me parece é só um passeio até Carvalhos Figueiredo (muito necessário) mas sem grande/nenhuma relação com o rio.

    E sim é eleitoralismo bacoco - nem sequer é o anúncio de obra (lançamento do concurso ou arranque da dita) é o anúncio que vão mandar fazer um projeto!!

    Projetos mandados fazer é ver no Portal Base.. ponte pedonal Várzea Pequena-Mouchão, Percurso Canhão do Agroal.. ainda não chegaram a obra (nem se sabe se chegarão)

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