segunda-feira, 30 de agosto de 2021

 

Imagem Rádio Hertz, com os nossos agradecimentos

Gestão municipal

Rapsódia de arestas que ainda falta limar

Que maravilha! Após um curto período de vacas magras, se assim se pode escrever, que obrigou a crónicas praticamente monotemáticas, chegou de novo a fartura. De tal forma que vai sair uma rapsódia, embora não musical, mas abusando da conhecida expressão do vice-presidente da edilidade, que usa sempre a frase "falta ainda limar umas arestas...", quando esclarece qualquer processo em curso.

Rotunda da ARAL? Lá para 2025, talvez

Fiel ao seu hábito, e confirmando a sua excelente oralidade, Anabela Freitas ameaça recorrer a expropriação, para se poder instalar finalmente a rotunda da ARAL. Depois das eleições, bem entendido. Há ainda pelo menos duas aborrecidas arestas para limar: a mencionada expropriação e o plano de pormenor.
Pergunta inocente: Quem mandou fazer e quem fez o plano de pormenor da zona, não sabia já que era praticamente inevitável uma rotunda naquele cruzamento? Calhando, a verdade actual ainda não é a verdade toda.

Tal como se previa, quem semeia ventos...

No Bairro da Senhora dos Anjos parece haver igualmente algumas arestas para limar:https://tomarnarede.pt/sociedade/policia-chamada-ao-bairro-na-sra-dos-anjos-por-causa-de-barulho-e-desacatos/
Se dúvidas houvesse, aqui está a confirmação: o realojamento pela autarquia da população do Flecheiro pode considerar-se um sucesso. Falta apenas limar umas arestas, como por exemplo ensinar àquelas pessoas a respeitar os vizinhos, e puni-las sempre e quando não cumpram a lei. Quando isso vier a acontecer, fica a PSP muito mais descansada. Evita de andar cá e lá, respondendo aos apelos dos outros moradores, que não deixarão de agradecer à Câmara, nas eleições de 26 de Setembro, estou convencido, o facto de lhes terem arranjado novos vizinhos tão conviviais, numa altura de fuga da população. Para que conste, a maioria socialista julga que resolveu o problema do Flecheiro, mas na realidade multiplicou-o, como a seu tempo se verá sem margem para dúvidas.

LIberdade de pensamento e de informação

Um detalhe curioso. Só o Tomar na rede é que publicou até agora a notícia dos novos desacatos no citado bairro. Os outros órgãos de informação locais parece terem voltado ao tempo anterior ao 25 de Abril. Os seus jornalistas podem pensar aquilo que quiserem sobre a autarquia. Não podem é publicar. É mais uma aresta que falta limar: Conseguir tolerância suficiente para que cada um possa pensar E PUBLICAR o que lhe aprouver, sem medo de represálias.
Por falar em publicar, esperava-se que a srª presidente cumprisse o prometido e mostrasse finalmente os documentos de compra e venda do convento de Santa Iria, durante a reunião do executivo, mas parece que temos de continuar aguardando. Decerto falta ainda limar algumas arestas. O costume.

Coisa raramente vista: Alguns habitantes tomarenses protestaram

Outra notícia para meditar, com um sorriso benevolente é esta:
Como bem verá quem compreenda um pouco a terra e o país em que vive, é uma situação algo insólita, ainda com várias arestas para limar. Desde logo o respeito dos autarcas pelo Estado de direito e pelas suas leis. No caso, a Câmara tem autoridade para transformar em zona exclusivamente pedonal o conjunto de artérias que entender, estando porém juridicamente obrigada a acrescentar a qualquer sinal de interdição a indicação "excepto para moradores e cargas e descargas".
Com efeito, um dos direitos fundamentais de qualquer cidadão é o de poder "ir e vir sem qualquer impedimento, em todo o espaço público nacional, a pé, a cavalo ou motorizado". Donde resulta ser ilegal, e sem remissão possível, impedi-lo de aceder à porta da sua residência ou dela sair, como melhor entender. A pé, a cavalo ou motorizado. Não pode é estacionar, para além do tempo necessário para entrar, sair, ou colocar o carro na garagem, se existir.
Não teria portanto havido arestas para limar, nem protesto dos moradores, se eleitos e eleitores conhecessem minimamente os seus direitos fundamentais. De resto, os reclamantes até podem chegar a casa de carro, mesmo com a Rua direita fechada ao trânsito. Basta entrar pela Rua do Pé da Costa e cortar à direita na quarta artéria, que é justamente a Aurora Macedo, onde o escriba deste alinhavado tem a sua residência fiscal.
Andam a caminhar ao lado dos sapatos, ou quê?

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