Política local/Autarquia/Turismo/
VENDA DO CONVENTO DE SANTA IRIA?
O marido enganado é sempre o último a saber
Segundo O Mirante online, o Município de Tomar e a empresa hoteleira privada Vila Galé, chegaram finalmente a acordo, na negociação para a cedência do ex-Convento de Santa Iria e ex-CNA feminino:
Coisa pouco comum, a notícia não refere o tipo de acordo a que se chegou. Apenas menciona que o conjunto vai ser reconvertido em hotel e que a empresa Vila Galé pagará ao Município de Tomar cerca de 700 mil euros.
Não se pode dizer que seja um negócio das arábias, uma vez que no tempo do PSD, já lá vão mais de dez anos, começaram por pedir 2,5 milhões de euros, que mais tarde reduziram para 1,5 milhões de euros, com a obrigação de construirem um hotel "de charme" de quatro estrelas no mínimo.
Desta feita, a praticamente um mês das eleições, quais são as cláusulas do acordo? Que tipo de contrato? Venda? Arrendamento? Direito de superfície? Quais as obrigações do comprador, se é que assumiu algumas? Perante a evidente sonegação de informação por parte da entidade vendedora, não será exagerado falar de venda ao desbarato, até melhor esclarecimento.
Com um bocadito de sorte, uma vez que a notícia é dada por um órgão sério, porém editado longe da terra, assim confirmando o velho dito popular segundo o qual "o marido enganado é sempre o último a saber", (sendo neste caso os jornalistas tomarenses a desempenhar o papel de maridos enganados), provavelmente vamos ter direito à conhecida desculpa "Falta ainda limar umas arestas".
O que ficará naturalmente para depois das eleições. Cá estaremos para ver e comentar. O problema é complexo e, pelos indícios disponíveis, ainda só estamos no começo do princípio.
... e tão ou mais preocupante são as obrigações a que o município se predispõe desde já (??) para viabilizar este negócio (acréscimo de edificabilidade? ficará com o ónus de garantir os licenciamentos? isenção de taxas e/ou compensações urbanísticas (como já o fizeram com os hamburgeres..)?
ResponderEliminarEsperemos que os intervenientes na AM sejam outros, porque senão será um assinar de cruz (acima de tudo, o que interessa é não parecer mal, e não ofender ninguém..)
No caso dos hamburgueres terá sido porque houve um bom "facilitador do negócio", cujo nome até constava do obrigatório cartaz com as informações técnicas.
EliminarDesta vez também haverá facilitador de negócios? Será o mesmo?
Estou preocupado !
ResponderEliminarPois António Rebelo está a amolecer , espero não ser da idade !
Noutros tempos , era o cornudo é o ultimo a saber !
Tem razão. Estou mesmo a amolecer. Em certa zona do corpo então, é melhor nem dizer mais. A idade não perdoa, mesmo se no meu caso a cabeça ainda vai dando conta do recado.
ResponderEliminarPor falar da idade, eu ainda sou do tempo em que na escola nos ensinavam os méritos da linguagem perifrástica. Por isso preferi marido a cornudo, pois quem não é marido, também não pode ser cornudo, legalmente falando, pelo que acrescentei enganado. E todos terão percebido cabalmente, como prova o seu comentário.
Estamos de acordo, amigo Oliveira?
Obviamente , que sim !
ResponderEliminarContinue ,para nos ajudar ,faz-nos falta ,pois são poucos em vias de extinção e cada vez mais fracos !