terça-feira, 3 de agosto de 2021

 


Autarquia/Funcionários/ Autárquicas 2021

A que mais iremos ainda assistir? - 2

A nossa crónica sobre os diplomas entregues a funcionários municipais, por antiguidade e dedicação, já mereceu uma resposta da autarquia, conforme se pode ler aqui:
https://radiohertz.pt/tomar-camara-distingue-funcionarios-com-25-e-35-anos-de-casa/
É muito significativo que tal tenha acontecido, uma vez que a maioria socialista nunca responde a escritos críticos, como se sabe, constando ainda para mais que nenhum dos seus membros lê o Tomar a dianteira, por causa do mau cheiro. Aprofunda-se e afinal constata-se que se aplica o conhecido aforismo "apanha-se mais depressa um aldrabão que um coxo".
Se assim não foi, como explicar um texto municipal tão certeiro? Repare o leitor que respondem exactamente às dúvidas levantadas implicitamente na crónica inicial: Porquê agora, em cima das eleições autárquicas? Porquê homenagear trabalhadores que nada fizeram de extraordinário? Para tentar comprar votos. Só pode.
Ao primeiro ponto dizem que se tratou de efectuar agora um acto antes previsto para o dia da cidade, em Março, que foi adiado devido à pandemia. É suposto portanto que, ao contrário dos Jogos Olímpicos, por exemplo, que foram adiados 12 meses, esta entrega de diplomas tinha de ser nesta altura. Se fosse só em Março do ano que vem, por exemplo, os ditos documentos entretanto arrefeciam e, eventualmente, já não representariam  votos PS em Setembro próximo. Resposta tipo gato escondido, com o rabo de fora..
Visando por certo reforçar a solenidade e a honestidade da citada cerimónia, a notícia autárquica especifica que "os diplomas foram entregues por todos os elementos do executivo, que destacaram a dedicação e o empenho dos trabalhadores ao serviço da causa pública."
Não surpreende que a homenagem tenha sido partilhada por todos os membros do executivo municipal. Não só porque andam todos ao mesmo, ou seja na caça ao voto, mas também porque os eleitores tomarenses se queixam exactamente desse unanimismo. Não há oposição, tem sido uma frase muito ouvida durante o mandato em curso. Nada de novo, por conseguinte.
Sobre  "a dedicação e o empenho dos trabalhadores municipais ao serviço da causa pública", convém acrescentar umas frases: 1 - Não se nega que haja casos desses, como em todos os outros serviços, públicos ou privados, mas são uma ínfima minoria no caso em apreço. 2 - É abusivo falar de causa pública, porque a maior parte dos funcionários, e até alguns eleitos, acham que se é bom para eles, é bom para a cidade, para o concelho e para o país. Sendo assim, onde mora essa tal causa pública?
A terminar, acrescenta-se que quem escreve estas linhas tem a chamada "vantagem do diabo", que dizem saber muito. Não por ser o diabo, mas por ser velho e ter muita experiência acumulada. Mais concretamente, este escriba trabalhou na autarquia tomarense por duas vezes. Uma como moço de recados, outra como quadro superior (Ver foto supra). Tem portanto obrigação de saber alguma coisinha sobre aquela casa e os hábitos de quem lá ganha o seu pão. Uns, a grande maioria, honestamente. Alguns outros nem tanto assim. Mas aquilo sempre teve vários sectores que funcionam praticamente em autogestão. Ou piloto automático, se preferem. Os eleitos passam, os funcionários ficam, é doutrina de aceitação geral.

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