terça-feira, 6 de julho de 2021

 


Sondagens/Autárquicas 2021

SONDAGENS SÃO ASSIM MESMO

Tomar na rede "fechou" a sondagem que iniciou em 2 de Junho. 
https://tomarnarede.pt/politica/encerrada-a-sondagem-sobre-as-eleicoes-autarquicas-em-tomar/
O administrador  José Gaio escreveu mais uma vez que não se trata de uma "sondagem", com aspas e tudo, mas de simples tendências de voto. Peço licença para discordar.
Na verdade, todas as sondagens têm valor equivalente em termos de fiabilidade ou confiança, uma vez conhecida a ficha técnica de cada uma. No caso, uma amostra de eleitores com acesso a computador e interesse pela política nabantina. Foram obtidos 267 votos durante 30 dias.
É pouco? Depende dos pontos de vista. Regra geral, quem nunca sentou  os fundilhos em aulas universitárias de sociologia, tem maior tendência para ser especialista em tudologia. Donde resultam as críticas à representatividade destas sondagens vamos dizer mais artesanais..
Quando se sabe que em Portugal a maioria das sondagens de âmbito nacional têm como base uma amostragem de 612 ou 1224 entrevistas telefónicas, e são consideradas em geral fiáveis, qual é o problema desta sondagem do Tomar na rede? 267 votos em urna electrónica de um universo de 34 mil eleitores, têm menos valor e merecem menos confiança que 1.224 respostas telefónicas de outro universo de 6 milhões de eleitores?
No humilde entendimento de quem escreve estas linhas, a única crítica válida que se poderá avançar em relação à sondagem do Tomar na rede, é a sua excessiva duração. Um mês para votar é demasiado. Basta uma semana. Para evitar o apelo desesperado às tropas mais reticentes, que foi evidente neste caso. 
Decorrida uma semana, o Chega era o vencedor. Perante a surpresa, houve toque a rebate no PSD e após mais 3 semanas de apelos aos companheiros, lá se conseguiu in extremis vencer por dois votos. Tudo isto perante o alheamento do PS que, como é sabido, baniu o Tomar na rede e só não acaba com ele porque não pode. Coisas assim dão sempre nas vistas. Tanto mais que, apesar do ostracismo camarário, ainda houve 49 corajosos desobedientes socialistas, praticamente dois terços dos que optaram pelo rival PSD. Não é assim tão mau, se tivermos em conta o infindável rol de asneiras de quem ocupa os cadeirões da praça da República.
Oxalá sirva de exemplo para as próximas sondagens, tão boas como as melhores, uma vez conhecida a sua ficha técnica.

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