sexta-feira, 2 de julho de 2021

 


Política local/Defesa de Tomar na rede

CONTRA OS BRONCOS 
E OS DITADORES ENCAPOTADOS

Vai por aí, pelo Facebook que não frequento, uma saudável campanha de protestos contra a poda excessiva de duas árvores, no bairro 1º de Maio. Não posso deixar de apoiar, aproveitando para lembrar que quem vota em broncos, nunca deve esperar maravilhas. Tal como é próprio do porco roncar, é normal um bronco asneirar.
Na mesma terra, e ao mesmo tempo que cidadãos indignados protestam, com inteira razão, contra um acto prepotente de lesa ambiente, o nosso colega Tomar na rede é alvo de boicote total e deliberado por parte da autarquia, que não lhe faculta qualquer documento ou informação. É uma situação que já dura desde o início do primeiro mandato desta maioria PS, há quase oito anos portanto, claramente ilegal porque não respeita o artigo 38º da nossa Constituição, o qual garante o direito de informar, de se informar e de ser informado. Ora como pode o administrador do Tomar na rede, que é jornalista, exercer esses direitos garantidos pela Constituição, se o executivo municipal lhe nega sistematicamente os meios para tanto?
Trata-se, sem qualquer dúvida, de uma posição inaceitável típica de ditadores encapotados. Que recusam a liberdade alheia mas são assaz cobardes para não o assumirem. Alguns alegarão talvez tratar-se apenas de mais uma cachopice de gente mal preparada para as funções que os eleitores lhes confiaram. Pode ser. O que não exclui a posição anterior, antes a reforça.
São conhecidas as minhas divergências políticas com a actual maioria socialista, que me impedem, pela primeira vez e com grande tristeza minha, de votar ou aconselhar o voto no PS. Mas mesmo se assim não fora, bastaria este caso de boicote condenável ao Tomar na rede, para me impedir de votar PS. Ditadores outra vez, não!
Uma palavra final para reprovar a miserável indiferença cívica perante o boicote ao Tomar na rede. Que os outros órgãos de informação nada digam, compreende-se. Venderam-se por necessidade alimentar. Mas as outras formações políticas e os cidadãos em geral, o que os impede de protestar publicamente? De apoiar o Tomar na rede? Estão de acordo com os camaristas? Apoiam implicitamente os ditadores encapotados que ocupam o poder municipal? Querem todos o regresso do salazarismo?
Geralmente é assim que começa: hoje boicotam o Tomar na rede, amanhã dispensam um preto, na semana seguinte acusam ciganos, mais tarde atacam os judeus, até que chega a vez a todos, e aí já é tarde demais.

5 comentários:

  1. Qualquer cidadão (seja OCS ou não) pode com facilidade exigir junto da CADA www.cada.pt (Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos) o cumprimento da LADA. Se todos o fizessem, não haveria tanta prepotência.

    A propósito de transparência (na verdade a FALTA dela..) aconselho também a consulta dos seguintes, para se ver o estado da nação :

    >>CMT:
    www.cm-tomar.pt - todo o site é de um obscurantismo atroz, para além de que nem sequer é um site seguro (não existe informação sobre urbanismo, contratação publica e sua execução (processos aprovados, em curso, edifícios licenciados - como existe pelo resto do país, exemplo Cascais que não é exemplo para muita coisa, em geocascais.cascais.pt, qualquer um pode consultar e ver todas as licenças de utilização de qualquer casa, serviços existentes, avarias..), não existe um área de munícipe/atendimento digital onde possam ser submetido, consultados os vários tipos de pedidos (é tudo email e papel..)

    http://www.cm-tomar.pt/index.php/pt/municipio-2/portal-transparencia (desatualizado e pouco informação..., é ver outros municípios - Loulé, Arruda, etc...)

    >>Portal Transparência:
    https://www.portalmunicipal.gov.pt/
    A maior parte da informação "transparente" parou em 2018 e alguma em 2014...

    >>Contratos Públicos CMT:
    https://www.base.gov.pt/Base4/pt/pesquisa/?type=contratos&adjudicanteid=11730
    https://transparencia.pt/itm/

    Contratos Públicos SmasT:
    https://www.base.gov.pt/Base4/pt/pesquisa/?type=contratos&adjudicanteid=4572

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    1. Tem razão. Há a CADA, Comissão de Acesso aos documentos administrativos. Mas como, por uma lado, as suas decisões demoram meses e, por outro lado, o boicote do executivo tomarense é total, Tomar na rede precisaria de um secretariado permanente só para ir apresentando as sucessivas queixas.
      Era bem mais fácil se houvesse vergonha à venda nas farmácias. Podia ser que os autarcas e outros instalados resolvessem tomar por Tomar.

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    2. Tomar (entenda-se, o burgo e seus burgueses) nota-se claramente que continua a gravitar em torno do sector público (CMT e relacionadas, JF, IPT, DGPC, ACES, IEFP, etc etc..), numa amálgama sem distinção de cores partidárias, onde o-deixa-andar, o venha-a-mim, a maçonaria e outras obras para o bem estar são o seu cimento

      Em contraponto temos por exemplo a Ourém que vive (e prospera) claramente com a iniciativa privada.
      Um investidor privado irá sempre dar preferência a um sítio onde haja informação e transparência.

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  2. Sobre o "Tomar na Rede", que tem tentado informar e romper com o status quo (e como se vê com grandes dificuldades, quando as organizações locais se comportam com uma famiglia..), também é importante para quem acompanha que haja transparência: quem é/são; estatuto editorial, ficha técnica e registo ERC..
    Acima de tudo é importante (em minha opinião) esclarecer se o trabalho desenvolvido (como já disse, meritório) é como OCS ou a título individual e de cidadania ativa ( o que não tem mal nenhum, pelo contrário, como faz aqui o autor deste Blog).

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  3. O Tomar na Rede pode ser incomodo para toda a gente

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