(A AMC é a Autoridade Municipal de Circulação)
Uma coisa que parece tão simples e vai-se a ver...
É uma velha luta pacífica. Primeiro para tentar convencer uma gente que manifestamente nunca se habituou a viver em democracia, embora proclamem o inverso. Depois para procurar informar os filhos dessa mesma gente, os quais graças a Deus parecem ter seguido a educação caseira. Também não há meio de se habituarem a viver em democracia, que já havia no país quando eles nasceram. Quem sai aos seus...
Deste duplo desentendimento, com alguns dos pais e com alguns dos filhos, resultam situações que, não sendo caricatas, provocam todavia o riso irónico dos visitantes. O encerramento do parque de campismo, os autocarros que não podem descer do Convento à cidade, ou os eventos gratuitos "para promover o turismo", em tempos de pandemia, são três dos muitos exemplos.
Onde está a vertente cómica, que provoca o riso dos visitantes? Na atitude dos detentores do poder. Apesar de estarem apenas de passagem, e de haver cada vez mais nódoas do tipo das acabadas de mencionar, continuam alérgicos à crítica, insinuando que nunca erram e que a razão está sempre do lado deles. O problema, segundo eles, são os críticos. Os que ainda não conseguiram formatar, claro.
Atente-se por exemplo na área do turismo, que a srª presidente proclamou como prioritária, e houve seguidores seus que até acreditaram. Mesmo coisas elementares, como o equipamento urbano, continuam a aguardar melhores dias, após oito longos anos. Já houve pelo menos um ajuste directo para a elaboração de adequada sinalização turística, que tem a curiosidade de excluir a respectiva colocação, mas até esta data nicles. Nem indícios de sinalização, que tanta falta faz.
Fortaleza é uma grande cidade brasileira, tem belas praias e recebe bastantes turistas, mas não tem nenhum monumento Património da Humanidade, nem um centro histórico que mereça visita detalhada. A velha fortaleza holandesa, que está na origem do nome da cidade, é agora o quartel general da 10ª região militar. Pode-se visitar, guiado por militares, mas o interesse é relativo. Os turistas vão ao centro sobretudo para visitar o mercado central, onde compram roupas e outros artigos, para revenderem no interior. Convém não esquecer que a distância entre Fortaleza e Manaus, por exemplo, é quivalente a Lisboa-Berlim. Mas há pior. Daqui para a Rondónia, para o Acre ou para a Roraima, todos estados brasileiros, são horas e horas de avião, porque não há ligações directas na maior parte dos casos.
O que não impede um bom acolhimento dos visitantes, designadamente com sinalização que lhes é destinada, conforme mostra a foto supra, copiada do jornal O Povo de hoje. Mas é claro, por estas bandas os peões são pedestres e os turistas gente do sul, europeus, ou americanos. Não são simplesmente considerados empecilhos, como em Tomar.
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