segunda-feira, 26 de julho de 2021

 


Pandemia/Cultura

O pior cego 
é aquele que não quer ver

Tal como era previsível, e nestas colunas já foi referido em tempo útil, nos concelhos de Tomar, Ourém e Torres Novas o covid19 avança a ritmo galopante:
https://radiohertz.pt/tomar-coronavirus-concelho-ja-nao-devera-escapar-as-medidas-de-risco-elevado-havera-limitacao-de-circulacao-e-restaurantes-serao-dos-mais-controlados/
Perante tão alarmante realidade, espanta que Anabela Freitas insista em debitar banalidades, em vez de ter a coragem de encarar as coisas como elas são, e decidir como se impõe.. Começando pela interrogação básica: Porquê em Tomar, Ourém e Torres Novas, onde tem havido sucessivos eventos culturais, aumentam os contágios, e não em Abrantes, por exemplo, onde têm sido mais prudentes nessa área? Os contágios são apenas obra do acaso? Ou de evidentes comportamentos de risco, tipo eventos musicais com mais de cem pessoas, sem controle sanitário à entrada, e mesmo separadas?
Examinando as coisas de forma mais detalhada, seria cómico se não fosse trágico ouvir as recomendações da srª presidente da câmara, no sentido de se evitarem ajuntamentos, como por exemplo casamentos e baptizados, ao mesmo tempo que vai garantindo que continua a ser seguro assistir aos eventos culturais (e a missas) no Mouchão. Afinal, que ajuntamentos são mais importantes para os cidadãos? Um casamento? Um baptizado? Uma missa jardinal? Um concerto de música ligeira?
É como diz o povo, na sua sabedoria milenar, "Não há pior cego que aquele que não quer ver". No caso, cegueira política, para evitar dar o braço a torcer, o que seria um rombo no usual comportamento tipo "quero, posso e mando; execute-se". Atitude que tem custos elevados para a comunidade, neste e noutros casos.
Em Setembro saberemos se os tomarenses gostam assim, ou se preferem outro tipo de exercício do poder local. Menos autista, menos autoritário, mais dialogante, mais partilhado, reconhecendo e emendando os erros cometidos.

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