História/Resultados eleitorais
TOMAR
É LARANJA
Apesar das aparências e da atitude sobranceira dos actuais detentores do poder, olhando para o histórico dos resultados eleitorais, conclui-se inevitavelmente que Tomar é um concelho social-democrata. E olhar para o passado é importante, pois ignorar o que está para trás é criar condições para repetir os mesmos erros. Seguem-se portanto alguns elementos de reflexão, baseados em dados oficiais insofismáveis, para os eleitores poderem pensar duas vezes antes de chegarem a uma decisão, em Setembro próximo.
A primeira conclusão é que em 26 de Setembro todo o cuidado é pouco, para evitar algum imprevisto. Trata-se da 13ª eleição autárquica desde de Abril 74, e como é sabido o 13 dá azar. Sei o que digo, visto que nasci num dia 13.
Podia tratar-se de um desempate, esta 13ª consulta, mas não. Até agora o PSD exerceu 7 mandatos e os socialistas apenas 5. A confirmar esta predominância, o melhor resultado de sempre do PSD foi em 2001, com 15.161 votos (António Paiva), contra os 12.899 do PS, em 1993 (Pedro Marques).
Quanto aos piores resultados, excluindo o período IpT, três mandatos em que o PS foi fortemente prejudicado, (2005, 2009, 2013), temos os 4.335 votos do PSD em 1976 e os 4.574 do PS, em 1985. Uma relativa igualdade na penúria.
Tudo isto num universo eleitoral que se foi modificando ao longo dos anos. O eleitorado cresceu, passando de 32.438 inscritos em 1976, para 40.906 em 1997. Uma evolução positiva de 8.468 eleitores inscritos, em 21 anos.
A partir de então tem sido sempre a mirrar, a encolher. De tal forma que estamos agora reduzidos a 33. 895 eleitores inscritos. Uma queda acentuada de 7.011 eleitores em 20 anos. É demasiado. E mais acentuado que nos concelhos vizinhos, excepto Abrantes.
Entre 2013 e 2017, durante o primeiro mandato de Anabela Freitas, a sangria foi de 2.494 eleitores inscritos, a diferença entre os 37.310 de 2013, no começo do mandato, e os 34.814, no final do mandato. O que dá uma média anual de menos 624 eleitores inscritos. Quais as causas? Ninguém sabe. Seria injusto culpar só a governação local, tal como é leviano considerar que não teve nada a ver. Os movimentos de população nunca acontecem por acaso. Há sempre causas. Falta apurar quais. Mas não convém.
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