Foto Tomar na rede
Mais uma rusga da PSP no Flecheiro
AS COISAS COMO ELAS SÃO
Para executar mandatos de busca e apreensão, segundo a versão oficial, a PSP realizou mais uma rusga de grande aparato no acampamento cigano do Flecheiro. No dia seguinte foi difundido um comunicado, anunciando duas detenções, seguidas de apresentação à autoridade judicial, que decretou o habitual termo de identidade e residência, com apresentações diárias às autoridades. Houve também apreensão de droga, de material para a sua preparação, armas, munições de dois calibres e dinheiro. Muito dinheiro, para o meio pequeno que é o acampamento. Quase oito mil euros, tudo em notas pequenas, até 50 euros, como é lógico.
Para quem habita próximo, estas ações das forças da ordem agradam, mas já não convencem. Dizem tratar-se de simples demonstrações de força, que na verdade não há, com o duplo objetivo de intimidar o pessoal do acampamento e tranquilizar quem reside nos prédios das redondezas, por vezes a pedido da autarquia, que procura manter uma imagem de paz social, o que se compreende.
Afirmam que quando a PSP e a GNR conseguirem trabalhar em conjunto, utilizando drones e cães farejadores, no quadro de operações furtivas de cerco total de ambos os lados do caminho de ferro, não denunciadas previamente aos do acampamento nem aos do Bairro calé, aí sim haverá resultados. E que resultados!
Nas condições atuais, sem meios humanos e materiais suficientes, tanto a PSP como a GNR vão trabalhando em separado, praticamente "para a fotografia", sabido como é que, dados os fracos indícios recolhidos, e a conhecida técnica calé do "confessa Zé Nega", o poder judicial também não pode decretar grandes condenações. E assim vamos vivendo. De rusga em rusga, até ao descalabro total. Como vai acontecendo por esse mundo fora, infelizmente.
Sem ovos, ninguém consegue fazer omeletes.
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