terça-feira, 20 de abril de 2021

 Tradução do jornal LE MONDE


ACEDER AO GRANDE JORNALISMO - 1

Introdução e tradução de António Rebelo
(Universidade de Paris VIII)

Dedico a tradução seguinte aos membros das duas grandes confrarias nabantinas -o império dos instalados e o império dos sentados- com a clara noção de que muitos integram as duas. Esta minha dedicatória resulta da combinação de dois factores: 1 - Sei que em geral gostam muito de mim; 2 - É sabido que todos trabalham muito, pelo que não teriam tempo de traduzir, embora sejam competentes em francês. Há até quem afirme, (se calhar com má intenção), que são formados em tudologia.
Outro factor que contribuiu para a ideia da tradução e subsequente publicação, foi uma situação algo confusa no meu espírito: Os Estados Unidos não têm uma quantidade de regalias sociais a que estamos habituados na Europa, e que existem também nalguns países da América Latina, designadamente um serviço nacional de saúde.
Apesar disso, são às centenas de milhar os candidatos anuais à emigração para os Estados Unidos, e não dos americanos para o resto do mundo. Porque será?





"CARTA DE NOVA IORQUE

Arnaud Leparmentier, correspondente do LE MONDE

EM NOVA IORQUE, NO DIA EM QUE RECEBI UMA FACTURA DE 43.970 DÓLARES (1 EURO = 1,19 DÓLARES) DO MEU CIRURGIÃO."

"Lentidão, facturas-surpresa, falta de transparência. Nos Estados Unidos, mesmo para os beneficiários de um seguro de saúde, o sistema de reembolso é menos perigoso para quem tem um coração sólido.
Eis a experiência do nosso correspondente em Nova Iorque."

"Publicado em 20/04/2021 às 00H10, actualizado às 05H15 -Leitura 5 min." 

"Artigo reservado aos assinantes"

"Há duas maneiras de contar a história. A primeira consiste em usar os preconceitos franceses sobre a falta de humanidade do sistema de saúde americano, explicando que, após ter recebido do hospital uma factura de 62.174 dólares (51.650 euros), pela operação a uma ciática, acabei por receber outra factura, algumas semanas mais tarde, no valor de 43.970 dólares, de honorários do cirurgião, que o seguro de saúde recusava obstinadamente pagar.
A segunda via consiste em revelar já  o desfecho, explicando que no final acabei por pagar apenas 750 dólares do meu bolso."
(Continua an próxima mensagem.)

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