Hipotética recuperação da IFM-PLATEX
MAIS DIFÍCIL AINDA !!!
António Rebelo
É uma maravilha e uma alegria viver numa região assim. À medida que se aproxima Maio e a tradicional grande peregrinação a Fátima, se o COVID deixar, começa a haver também condições para um retorno aos milagres de antigamente. Se calhar com a ajuda das verbas da "bazuca europeia".
Segundo novas declarações de Anabela Freitas, à Rádio Hertz, que pode ouvir aqui:
https://radiohertz.pt/tomar-entrevista-de-anabela-freitas-a-hertz-sobre-interessado-em-assumir-a-ifm-platex-abriu-caminho-para-outro-pretendente/
já depois de anunciar um interessado na recuperação da IFM-PLATEX e respectivos 63 postos de trabalho, e um outro investimento na área da gestão -coisa para 100-150 postos de trabalho de qualidade- acaba de aparecer um segundo interessado na recuperação da IFM-PLATEX. É um milagre, desta vez não da multiplicação dos pães, mas da duplicação dos investidores em Tomar, para reabilitar uma empresa falida com uma dívida de 20 milhões de euros.
Infelizmente, continuamos a ignorar o nome dos alegados santos milagreiros, pois a senhora presidente anunciou que são coisas da competência do administrador de insolvência. O que leva a recomendar que a Câmara lhe peça para evitar que os alegados investidores se esgadanhem. A bazuca europeia tem dinheiro que chega para tudo, desde que haja bons contactos nos bons centros de decisão.
E se até já há, segundo Anabela Freitas, não um, mas dois potenciais candidatos à aquisição de uma empresa endividada à altura de 20 milhões, é porque decerto têm ambos os contactos indispensáveis para obter um avanço a fundo perdido de pelo menos 30 milhões de euros de Bruxelas. Pouca coisa afinal. Mesmo que venham só os 20 milhões, dá apenas 317.460 euros por cada posto de trabalho ressuscitado, fora outras despesas. Uma ninharia nos tempos que correm, tal é a fartura europeia.
Venham mais milagres, que Tomar bem precisa e agradece.
A presidente espera que o gestor da massa falida não se meta com pormenores economicistas?!!!
ResponderEliminarCuriosamente em toda discussão na reunião da Câmara ninguém se lembrou do pormenor do passivo. 20 Milhões, o que é isso para quem tem vontade de investir em Tomar.
O estado da maquinaria também deve ser um detalhe sem importância.
Por mais que dê voltas à minha pobre cabecita, não consigo encontrar fundamento para o anunciado interesse de investidores na falida IFM-PLATEX. Tanto mais que, segundo a sª, garantem a manutenção dos postos de trabalho.
ResponderEliminarO terreno não tem grande interesse, porque fica fora da área urbanizável com fins habitacionais. Tão pouco consta que haja petróleo ou qualquer outro recurso no subsolo, para além da água do rio. Nestas condições, assumir uma empresa com maquinaria velha, 63 salariados e uma dívida de 20 milhões de euros, para quê? As placas MDF que fabricavam há muito que deixaram de ser competitivas, em relação a outras unidades produtivas, designadamente a irmã de Famalicão da Nazaré.
Tudo isto para dizer que cheira demasiado a mera propaganda eleitoral, de má qualidade ainda por cima, porque parte do princípio que os eleitores são tapados de todo.