Desenvolvimento turístico local
INFORMAÇÃO COM EVOLUÇÃO
António Rebelo
ESTAMOS CADA VEZ MELHOR é o título da mensagem aqui publicada em 04 de Abril deste ano, sobre o novo site turístico informativo da Câmara de Tomar. Nesse texto, critica-se a dificuldade de acesso ao dito síte e a impossibilidade de obter, por exemplo, informações sobre campismo. Como de costume, tanto a presidente como a vereadora do pelouro fizeram de conta que não leram nem ouviram falar. Aquela conhecida posição adolescente, segundo a qual só existe aquilo de que se fala. Maneiras de ver.
O que vale é que, mesmo em Tomar, felizmente nem todos pensam assim. E fora de Tomar, a prática corrente é encarar as coisas e procurar solucioná-las. É exactamente o que acaba de fazer a redacção d'O MIRANTE, que voltou a publicar a local na origem da crítica supra referida, com pequenas alterações.
O título dessa notícia, que pode ler aqui:
é aliciante, embora algo datado. Tomar sempre foi uma referência no turismo da região, exclusivamente por causa do Convento de Cristo e, de quatro em quatro anos, dos Tabuleiros. Mesmo sem o PLANO DE HOSPITALIDADE TURÍSTICA DE TOMAR, ou quando a Câmara não se exibiu como tal para fins eleitorais.
Para que conste, já em 1936 Tomar tinha a mais imponente e importante Comissão de Iniciativa e Turismo da região centro. Resta-nos agora o belo edifício neo-renascentista onde funcionou esse extinto organismo. (Ver foto)
Mas a parte mais importante da antes citada notícia mirantina não é o título. Nem o tal plano de hospitalidade turística. É a última frase, porque dá uma resposta à crítica de Tomar a dianteira 3, ainda que sem mencionar este blogue: "O sítio já está activo, embora precise de alguns meses até estar a funcionar em pleno."
Agradece-se o esclarecimento e acredita-se que assim será. Todavia com uma ressalva importante: Mesmo após esses meses experimentais, e uma vez implementada (?) a anunciada hospitalidade turística, nunca vai ser possível publicitar, dialogar ou obter informações sobre estruturas básicas, que deviam existir mas não existem em Tomar. Parque de campismo, sanitários sem ser nos cafés, estacionamento suficiente no núcleo urbano e junto ao Convento, sinalização turística, visitas guiadas acessíveis, itinerários aconselhados, são elementos sem os quais o turísmo não pode desenvolver-se de forma harmoniosa.
Há até um pormenor que mostra os inconvenientes da improvisação na área turística. A Câmara acaba de anunciar, na sua rádio oficial, que passa a existir um rastreamento dos lugares disponíveis de estacionamento. Basta baixar o indispensável aplicativo e já está. Muito bem.
Acompanhemos então o cidadão Godofredo, que num destes fins de semana resolve visitar o Convento de Cristo, com a sua família. Escolhe um domingo de manhã, consulta o tal site de hospitalidade, onde o aconselham a baixar o aplicativo do estacionamento. Mais de 150 quilómetros andados, resolvem parar para esticar as pernas e consultar o estacionamento junto ao Convento de Cristo, Surpresa e das grandes, não há vagas. Está tudo ocupado. O que de Junho a Setembro acontece todos os dias, a partir das 10 da manhã, porque só há 50 lugares para ligeiros em dois parques, e apenas 7 lugares para autocarros de turismo.
Se fosse você, o que fazia? Vinha assim mesmo até Tomar, porque em Portugal há sempre lugar para mais um, nem que seja debaixo de uma oliveira, num terreno privado? Ou punha-se a andar, rumo a locais mais acolhedores e melhor equipados?
É por estas e por outras que, no meu entendimento, se entretanto não houver grandes mudanças de atitude, convém começar a procurar alternativas para as próximas autárquicas. Aqui fica o alerta, que é apenas a minha opinião fundamentada.
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