domingo, 18 de abril de 2021





Poluição do rio Nabão


AO QUE ISTO JÁ CHEGOU!!!

António Rebelo

O texto seguinte é cópia fiel e integral de uma notícia do EXPRESSO ONLINE, datada de 18 de Abril 2021, às 9H28, que integra também a imagem acima.

"GOVERNO ANUNCIA INVESTIMENTO DE VINTE MILHÕES PARA TRAVAR POLUIÇÃO NO NABÃO"

"O rio Nabão, na região de Ourém, tem sido afetado por descargas poluentes"

"O Ministro do Ambiente diz que quer travar a poluição do rio Nabão com um investimento de cerca de 20 milhões de euros pretende modernizar as condutas da ETAR de Seiça, em Tomar.
Nos últimos meses, o rio Nabão tem sido repetidamente afetado por descargas poluentes. A principal causa vem sendo atribuída à estação de tratamento de Seiça, no concelho de Ourém. Desde o início destas descargas que a autarquia Tomarense vem reclamando a intervenção do Ministério do Ambiente.
O Ministro do Ambiente e da Transição Energética afirmou que, ainda este ano, serão tomadas medidas para a resolução do problema. Em causa está um investimento de mais de 19 milhões de euros para a modernização das condutas desta ETAR.
Esta intervenção da Tejo Ambiente, com o apoio do governo, permitirá reduzir em cerca de 80% os focos de poluição no concelho. Fica ainda por solucionar os focos provenientes de lagoas e depósitos, também apontados como poluentes do rio Nabão."

Ao que isto chegou! Para quem,  como o autor destas linhas, considera o EXPRESSO o paradigma dos jornais de referência, a notícia supa é uma nódoa. Daquelas que, por mais que se lave, nunca mais desaparece.
As asneiras começam logo na chamada de título, com o excerto "O rio Nabão, na região de Ourém..." Na região de Ourém?!? Não será antes na região de Tomar?
Logo a seguir aparece a primeira frase da notícia, na qual parece faltar algo, após "20 milhões de euros", e que termina com um erro crasso: "ETAR de Seiça, em Tomar". .Apenas duas linhas mais abaixo lê-se que afinal se trata da "estação de tratamento de Seiça, no concelho de Ourém". Em que ficamos? Ourém ou Tomar?
Isto quanto à forma. Quanto ao fundo,  a situação não é melhor. Desde logo porque o ministro não disse bem aquilo que na notícia lhe atribuem, como se pode verificar no texto  publicado ontem aqui no Tomar a dianteira, ou no site do Cidade de Tomar. Segue-se que a haver obras nos próximos anos, não serão intervenções da Tejo Ambiente com apoio do governo, mas da Tejo Ambiente com apoio da União europeia, como referiu o próprio ministro.
Este caso da poluição do rio Nabão tem posto em evidência as várias carências da autarquia nabantina, entre as quais avultam a falta de transparência e de eficácia. A notícia do EXPRESSO acima reproduzida mostra que na área do jornalismo a situação começa também a ser preocupante. Mesmo havendo por aí uns arautos proclamando que bom jornalismo só com carteira profissional. Pois, se calhar é algum estagiário só para os fins de semana.

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