quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Obras municipais

Problemas de merda 

derivados de opções de caca

Agora que a maioria local PS, vencedora inesperada em 2013, por falta de comparência eficaz dos adversários, vai entrar no décimo ano de governação, é possível analisar serenamente o que tem feito bem, e onde tem falhado. Aparece então uma linha de fundo -decisões às avessas, ao arrepio do senso comum. São já tantos os casos, que não se podem considerar como fortuitos.

Porquê então? Falta de adequada bagagem técnica para amparar decisões complexas? Assessores movidos por outros interesses, que não os de ajudar os eleitos? Simples prazer infantil de contrariar o bom senso? Certo, mesmo certo, é que até a grande reforma prevista no programa inicial PS -a resolução do problema do Flecheiro- está a revelar-se o seu exacto oposto. E ainda falta realojar o clã dos Fragosos, com a presidente a anunciar o início das obras para Outubro ou Novembro. Será possível?

Dantes, havia apenas duas zonas locais com querelas frequentes. Eram o Flecheiro e o conjunto Bairro 1º de Maio - Choromela. Agora há várias: Srª dos Anjos, Bairro da Caixa, 1º de Maio, Rua Gil Avô, Choromela, Bairro calé e etc. Em vez de acabarem com os problemas, multiplicaram-nos.

Nesta matéria de realojamento, é evidente a inversão de prioridades. Em vez de começarem por reabilitar o Bairro 1º de Maio, há muito degradado e com situações insustentáveis a prazo, o que teria permitido triplicar o total de alojamentos no mesmo terreno, evitando a edificação do Bairro calé e outras aselhices, optaram por simples remendos. Não solucionaram quase nada. Antes agravaram singularmente a situação local. A tal ponto que há indícios de causalidade entre a conflitualidade local e a fuga da população. Apesar de tudo, é sempre tempo de emendar, de mudar de caminho.

O ambiente geral no bairro 1º de Maio é agora tão mau, que até um dos RSI assistidos, que já lá habita há anos sem pagar renda, e cuja identidade se oculta para evitar represálias, já encara a hipótese de deixar a casa e ir acampar para outro lado, como antes, tantos são os roubos e ofensas que já sofreu, da parte dos novos vizinhos.

Falhanço só no caso dos ciganos? Era bom era! Infelizmente o alfobre é vasto. A começar pelas obras na freguesia de S. João, que deixaram para trás o essencial, numa zona da cidade antiga -o saneamento, a água e o pavimento- para tratarem do acessório: a ornamentação da Várzea e das avenidas da parte sul, com os resultados conhecidos. Uma avenida com duas pistas para bicicletas e, 50 metros mais além, uma estrada nacional com muito trânsito, mas sem passeios, ou qualquer espaço resguardado para peões. Tem algum jeito? Faz algum sentido?

Falta estacionamento em toda a cidade, com especial premência junto ao Castelo-Convento, no verão, mas a câmara vai-se entretendo com as ciclovias, que ficam à espera das bicicletas que não há. A principal via de acesso à cidade, a "estrada de Lisboa", está uma miséria, mas quem manda preferiu para já obras na "estrada da Serra", as quais vão reduzir os lugares de estacionamento. Mas haverá ciclovia, claro!

O rol é longo, mas os leitores gostam pouco de textos tipo lençol. Vamos portanto à conclusão. Que apreciação política fazer de uma maioria, há quase dez anos no poder, que confessou estar, em fins de Setembro, a aguardar a compra e instalação de moedeiros de 20 cêntimos, para só depois abrir os sanitários da Várzea grande, que custaram mais de 100 mil euros, e estão prontos desde Fevereiro? É o estilo tartaruga?

Pior ainda: Quem pode apoiar esta maioria, que assegura gratuitamente o realojamento de centenas de cidadãos que não pagam impostos, mas obriga os outros, os contribuintes, a pagar para "arrear o calhau", em plena zona urbana? Estão à espera que se aliviem em plena via pública? Ou contam com a iniciativa privada (cafés e pastelarias) para resolver problemas de merda, derivados de opções de caca?

2 comentários:

  1. Quanto aos bairros que se contaminaram ,temos o sistema de ventoínha no teto , ou seja é só atirar para lá a ..... e ver o resultado!!!

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    1. Pelo que sei, em Tomar nem foram precisas essas tais ventoínhas. Bastou a errada política camarária. Mas também é verdade que cada árvore só dá um tipo de fruta.

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