sexta-feira, 9 de setembro de 2022


Espectáculo no Mouchão, com cadeiras em local que já teve relva.

Cultura que voa baixinho

 Animação cultural com ideias fixas

Tomar a dianteira 3 acaba de ler o programa de animação cultural municipal para Setembro:

https://radiohertz.pt/tomar-artin-rua-com-street-food-estatuas-artes-circenses-musica-e-muita-animacao/

Visa-se substituir com vantagens o Festival de estátuas vivas, cuja última edição, antes da pandemia, foi um falhanço parcial, sem cuidar agora de apontar culpados. Esta nova versão de festarolas cheira a novo-rico, com muito dinheiro e pouca capacidade de discernimento, tal é a amálgama e a pobreza de propostas. O turismo municipal comprou tudo o que a Tenda promoções lhe quis vender. Pronto a usar. Uma ofensa involuntária aos eleitores com menos recursos, e aos contribuintes todos. Em período de grandes dificuldades para toda a população, será sensato esbanjar assim dezenas de milhares de euros do orçamento camarário, com cultura a metro, mesmo se já estava programado há muito? Mas a intenção desta crónica é outra.

Com palcos no Mouchão, no Nabão, na Praça da República e no Convento, ficam de fora a Mata, a Várzea Grande, a Várzea pequena, (que até já tem palco), a Praceta Raul Lopes, o ex-estádio, o claustro sul de S. Francisco e o Largo do mercado. Porquê? Há pulgas ou outros parasitas em todos estes espaços excluídos? Não são em Tomar? Não são "locais nobres"? São locais em zona de eleitores de 2ª? Ou de quem vota mal?

Estão previstos para o Mouchão dois eventos. Um de marionetes e uma banda. Esta última com a curiosidade de antes se ter exibido no palco do Nabão, logo ao lado. Não convinha ir mais longe, por causa do material demasiado pesado? Seja como for, ressalta tratar-se de verdadeira obstinação da parte de quem manda nestas coisas. Não se sabe em virtude de que recalcamentos, mas a verdade é que continuam os espectáculos no Mouchão, apesar de ali não haver nenhumas condições objectivas para tal. Nem há sequer instalações sanitárias. Já houve, em tempos idos, quando havia também um sistema de rega ecológico, com água proveniente da roda. E tudo o Paiva levou...

Porquê então a insistência, quando há vários outros locais, disponíveis e mais adequados? Simples birra infantil? Prazer sádico de espezinhar e degradar a relva do Mouchão, pois não há espaços livres sem relva para a assistência? Quem souber que responda, mas esperava-se mais de uma presidente nascida e criada em Tomar, que por isso mesmo deve saber o que o Mouchão representa para os tomarenses. Ainda há tempo de corrigir asneiras intencionais do tamanho de arranha-céus.

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