quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Cadeira articulada, portátil, muito útil para turistas que tencionem visitar Tomar, enquanto a câmara não equipar devidamente a cidade.

Obras municipais e infra-estruturas de acolhimento

Boa notícia ou só propaganda barata?

Segundo a informação local: https://tomarnarede.pt/sociedade/sinagoga-vai-ter-casas-de-banho-no-terreno-ao-lado/ a Câmara vai equipar com instalações sanitárias o micro-jardim que decidu instalar naquele terreno ao lado da sinagoga, comprado aqui há anos. 

É uma boa notícia, embora não das melhores. Por um lado, porque a ideia de fazer um pequeno jardim a meio de uma rua do centro histórico, não parece ser de primeira água. Basta pensar na frequência usual do Mouchão e da Várzea pequena, para augurar que vai ter o mesmo destino das vias cicláveis da Nun'Álvares -estar às moscas. Logo veremos.

Por outro lado, sendo boa a iniciativa de equipar o futuro jardinzito com instalações sanitárias, a mesma provoca uma situação contraditória e caricata: O Mouchão e a Várzea pequena, os dois jardins tradicionais da cidade, não têm sentinas públicas, mas o novo mini-jardim vai ter. Coisas da fartura europeia mal governada. Mas também é verdade que por algum lado se tem de começar.

Falta além disso apurar se as anunciadas retretes públicas são mesmo para funcionar, ou se estamos apenas perante mais uma operação de reles propaganda municipal. Os antecedentes não são muito prometedores. Os WCs da Várzea Grande custaram mais de 100 mil euros mas continuam fechados, até agora sem qualquer explicação do município. Aqueles, também modernos, nas traseiras de Santa Maria dos Olivais, raramente estão abertos.

Os sanitários da Rua da Fábrica estão em ruínas há anos. Os de S. Gregório estão fechados, desde que o cidadão que residiu num deles durante vários anos foi transferido para o bairro 1º de Maio. As instalações sanitárias velhas da Cerrada dos cães estão fechadas, e para aceder às novas tem de se passar pela cafetaria, cujo concessionário, contrariando as condições do contrato, mantém a porta exterior no r/c impedida com uma cadeira.

Perante um tal panorama, concordará quem lê que as perspectivas não são as melhores. Há nesta altura apenas três WCs municipais em serviço: Calçada de S. Tiago, Mercado e ex-estádio. Há também sanitários públicos em serviço na Mata e no Convento, mas não são da Câmara. Temos de concordar que é pouco. Oxalá a ideia de instalar sentinas públicas junto à Sinagoga não seja só propaganda barata, e que a câmara tenha finalmente mudado de orientação, começando agora a cuidar das infra-estruturas de acolhimento, indispensáveis numa cidade que acolhe anualmente centenas de milhares de visitantes, a maioria por causa do Convento de Cristo, Património mundial.


1 comentário:

  1. Vai haver.......no centro histórico só pode !
    Cada um fará onde pode !
    Por mim , se conseguir vou a casa, é mais higiénico e mais barato !
    Se não ,
    vou ao mouchão !

    ResponderEliminar