Tomar sem estruturas básicas de acolhimento
Não é só falta de estacionamento
O tema é recorrente em Tomar, tal como vários outros. Agora é a questão do estacionamento, antes foi o estacionamento dos camiões TIR, e muito antes aconteceu o erro monumental da Várzea grande. Confrontada com a necessidade imperiosa de se fazer um amplo parque de estacionamento enterrado, Anabela Freitas chutou para fora, alegando falta de fundos comunitários.
Como socialista encartada, nem lhe terá passado pela cabeça que o dito parque enterrado podia e pode ser feito mediante acordo de concessão a uma empresa especializada, não custando um cêntimo sequer ao erário público. É um dos problemas tomarenses. Os nossos autarcas ainda não perceberam, condicionados pela sua ideologia, aquilo que os chineses, embora comunistas, já aceitam desde Deng Shiau Ping. Quando questionado a propósito de privatizações e lucros, numa sociedade socialistas, aquele dirigente chinês já falecido foi claro e sucinto: "Pouco importa a cor do gato, desde que cace ratos."
Relativamente isolados do mundo exterior, nomeadamente porque estamos numa cova, a informação local está totalmente controlada pela autarquia, e a nacional está-se marimbando para os problemas nabantinos, aos tomarenses custam a entender coisas básicas. Como por exemplo que um dos grandes problemas locais não é só a falta de estacionamento, mas a ausência de estruturas básicas de acolhimento, e de dirigentes à altura, o que não é bem a mesma coisa.
Segundo vários cidadãos difundiram agora nas redes sociais, há abusos evidentes dos automobilistas, provocados pela cada vez mais grave falta de estacionamento. Pois que seja. Mas vamos então aos fatos. Há falta de estacionamento para quem? Turistas? Residentes? Transportistas? Fornecedores? Autocarristas? Para todos eles, assim ao molho? Há falta de estacionamento onde? Aquém da ponte? Além da ponte? Junto ao Convento? No Bairro da flores? Na zona a sul da Várzea grande? Em todo o lado, para abreviar? E nesta situação, tão complexa, quais são as propostas de solução ou soluções? Invadir sistematicamente o espaço público, como já avançou uma desequilibrada luminária local, naturalmente sob nome suposto?
Convém ter capacidade de palavra e de intervenção, mas também e sobretudo tento na língua. Que é como quem diz, saber minimamente do que se está a falar, mediante adequado estudo prévio, e conseguir manter o bom senso. No estado atual das coisas, o grande problema local é, no meu entender, antigo e bem simples. Ao enunciá-lo, sei que alguns, entre os quais os visados, vão considerar má-língua. Calúnia até. Mesmo assim, aí vai: O grande obstáculo ao progresso tomarense tem sido a evidente falta de quadros competentes atualizados na autarquia, e de autarcas com envergadura intelectual para os dirigir capazmente, dizendo-lhes designadamente isso mesmo, que lhes falta competência, embora por outras palavras.
E não venham com balelas de circunstância. As sucessivas alterações, suspensões e anulações de planos de pormenor, por exemplo, mostram o quê? Competências acima da média, sempre meia hora, pelo menos, à frente do futuro? Ou lamentáveis malogros? Porquê? Ainda hoje o Paiva é odiado, porquê? Porque mostrou ter pulso firme e assumir, como muito antes dele Luis XIV, "o poder sou eu!", agindo em conformidade, limitado unicamente pelos compromissos perante os eleitores. Coisa totalmente diferente de condescender andar a reboque de técnicos médios, ultrapassados há muito sem disso se aperceberem.
"Ainda hoje o Paiva é odiado, porquê? "
ResponderEliminar- Parque de campismo
-Estádio Municipal
- Sobre-endividamento do município
- Parque T
- Tomar Polis
- Rotunda Cibernética
Entre outros.... Quer mais!?
Ainda bem que comentou. São realmente razões de sobra, não para odiar, mas para detestar, o que não é bem o mesmo. De qualquer maneira, eu não disse que António Paiva não cometeu erros. Seria faltar à verdade, porque cometeu bastantes. Quase todos por evidente falta de oposição. Ninguém ousava discordar das suas decisões e dizer-lhe.
ResponderEliminarMas o que motiva a aversão que por ele têm alguns tomarenses, são duas coisas bem diferentes. O modo autoritário, no sentido positivo, que imprimiu à sua governação e os 15 mil votos que conseguiu. A actual presidente foi eleita com menos de metade (7.150 votos). São factos que marcam.
Por todos os motivos atrás enumerados e pela medíocre e/ou ausência de oposição do PSD seja na Câmara, seja na Assembleia Municipal, não creio que o PSD volte a ganhar a Câmara nos próximos tempos. O tempo do PSD na Câmara foi mau demais e não será esquecido tão cedo, creio eu.
ResponderEliminarEsse esquecimento poderá acontecer, caso o PSD dê uma volta a 360 graus seja nas pessoas, seja na sua total ausência de projecto. Faz lembrar o Governo em Lisboa, faz navegação à vista.
Não há ideias, não há projecto, apenas existe a necessidade dos jobs for the boys
Inteiramente de acordo. Só não escrevo "Tirou-me as palavras da boca", porque seria demasiado corriqueiro, e nem todos entendem o que é "sentido figurado".
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