terça-feira, 16 de agosto de 2022


Limpeza urbana

UMA AGRADÁVEL SURPRESA: Afinal a minha rua também foi lavada!

Publicou-se aqui, no passado dia 12, uma crónica criticando a autarquia por ter decidido mandar lavar e desinfectar só algumas artérias da cidade antiga. Acrescentava-se que seriam decerto aquelas onde moram ou trabalham os amigos e apoiantes da actual maioria.

Pois imaginem, estimadas/os leitoras/es que, desta vez, alguém lá de cima do planalto do poder municipal, terá lido o reparo deste modesto blogue, e resolveu contrariar o autor. Esta manhã, houve a grata surpresa de constatar que, mesmo na abandonada Rua Aurora Macedo, onde ainda não chegou a modernidade na área do saneamento nem da distribuição de água, lavaram e desinfectaram a calçada. Supõe-se portanto que terá acontecido o mesmo em todas as outras do núcleo histórico, não incluídas no esquema inicial. 

Se assim foi, bem-hajam, senhores autarcas! Ganhamos todos. Os senhores, porque demonstraram que também aceitam opiniões contrárias, e até mudam as vossas quando necessário, pelo que podem afinal não ser assim tão maus como alguns vos pintam. Este modesto escriba, porque assim confirmou que vale a pena criticar, quando a intenção é o bem comum, havendo sempre alguém que lê, concorda e procede em consequência. A democracia, enfim, porque é assim que as coisas devem funcionar sempre. Decisão do topo, reclamações da base, alteração da decisão do topo.

Fica o registo. Oxalá emendas assim aconteçam sempre que necessário, pois esta querida terra bem precisa de quem dela cuide de facto, e não só de boca.

DESCIDA À TERRA, ÀS 11H40

Era tão bom, não era? A crónica supra foi escrita às 8 da matina. Entretanto alguns leitores ficaram, como o autor, deveras surpreendidos com semelhante mudança repentina de hábitos governeiros locais. 

Veio então a informação. "Você dormiu mal ou quê? Onde é que foi pescar essa história optimista? Ao seu imenso cabaz de esperança? Não houve lavagem nenhuma, homem! Choveu e foi só isso!"

Ora aí está a banal realidade! Uma chuvada levou ao engano, tanta é a esperança em dias melhores. E depois, é tal a seca tomarense em todos os sentidos, que começa a ser tão premente a necessidade de hábitos democráticos como a precisão de chuva.

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