terça-feira, 2 de agosto de 2022





O estado a que chegou a terra templária

PARECE QUE GOSTAM DE CANGA

Sigamos o preceito do secretário do senhor de Lapalisse. Comecemos pelo princípio. Canga é aquele instrumento em madeira, que serve para sujeitar a junta de bois ao carro (ver imagens). Por extensão, em sentido figurado, é a sujeição a que estamos submetidos como cidadãos. Uns mais do que outros, é verdade.

Copio, com a devida vénia, este excerto da excelente crónica de Santana Maia Leonardo, n'O Mirante online de 30/07/2022: "A liberdade de expressão é a trave-mestra das sociedades abertas, como ensinava Karl Popper: "Quando evitar ofender constitui a nossa principal preocupação, rapidamente se torna impossível dizermos livremente seja o que for." Portugal viveu trezentos anos sob o jugo da Inquisição, e 50 anos de ditadura, o que significa que somos um povo que não só não valoriza muito a liberdade, como vive bem sem ela."

"A Santa Inquisição usou a violência, a tortura, ou a simples ameaça da sua aplicação, para extrair confissões dos hereges. O dogma não se discute. E o próprio Galileu foi obrigado a jurar, por todos os santinhos e pela sua saúde, que a Terra não se movia." O que não impediu o nosso planeta de continuar a girar sobre si próprio e a orbitar à volta do Sol. Nem o clero católico  de continuar a considerar-se representante de Deus na terra. Nem acabou com os hereges, ou simples dissidentes.

Oxalá leiam este texto, e nele meditem um pouco, todos aqueles que em Tomar têm mostrado comportamentos inaceitáveis em democracia. Quer sejam ou não eleitos. Procurar subjugar ou calar  os outros, comprando-os ou, pior ainda,  hostilizando-os, é algo intolerável em democracia, que se torna mesmo vergonhoso quando praticado por gente que se diz do Partido Socialista, ou está de facto ao seu serviço. 

Como por exemplo uma personagem semelhante àquele Oliveira de Figueira, dos albuns do Tintin. No caso um tal Oliveira Hospitalar, que lá vai procurando cumprir as tarefas geringonceiras e anteriores, que em tempos lhe terão sido confiadas. Para isso recorre a dois métodos bem conhecidos desde Estaline, que lhe foram inculcados durante a juventude: atacar o mensageiro quando a mensagem não convém, e estabelecer que se o mensageiro não fez, tinha e tem a intenção de fazer. Asqueroso, sem dúvida, mas é assim. 

Quero crer que uns e outro o têm feito inadvertidamente. Não medindo bem todas as consequências últimas dos seus actos. Se a prática quotidiana vier a demonstrar que sabem muito bem o que estão fazendo, e mesmo assim reincidem, então o futuro de Tomar estará mesmo em risco, por ter deixado de haver uma boa herança cívica: a serena convivência entre todos, para além das naturais divergências de toda a ordem, própria das sociedades ocidentais livres. O que implicará forçosamente longas sessões públicas de lavagem de roupa suja. Porque o povo eleitor tem o direito de saber tudo. E há sempre maneira de apanhar quem se esconde sob um pseudónimo. Porquê e para quê. 

Pela minha parte, aos 81, estou serenamente pronto para o que vier. Conforme dizia a madre superior da conhecida anedota, "É guerra, é guerra!!!" E eu até já estive numa a sério, nos idos de 60, em Angola.



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