Humor
Ele há cada topónimo! (Para os menos informados, topónimo é a palavra que identifica um determinado local do território.)
Uma vez que o conceituado blogue de fait-divers Tomar na rede resolveu abordar o caso do topónimo Punhete, antigo nome de Constância, relacionando-o com a forma fálica do pequeno mas simpático concelho: https://tomarnarede.pt/insolito/forma-falica-do-concelho-de-constancia-comentada-no-twitter/
Tomar a dianteira não quer ter falta de comparência, embora a sua especialidade não sejam os fait-divers. A dada altura, tinham assento na Assembleia da República duas grandes figuras açorianas, uma como deputada, outra como presidente. A deputada já faleceu, e pode-se por isso mencionar o seu nome. Trata-se da notável poetisa e polemista Natália Correia, uma senhora distinta, extravagante e frontal, que feriu muitas susceptibilidades e muitos corações no seu tempo.
A outra figura ainda está entre nós e merece todo o respeito, pelo que se resguarda o seu nome, de resto dispensável nesta história. Basta saber que se trata de um cavalheiro, natural de Ponta Delgada.
A dada altura, constou nos corredores da Assembleia da República que Natália Correia tencionara casar em tempos com a tal figura grada, mas desistiu por saber que era de Ponta Delgada. Amigos de ambos aconselharam então a notável poetisa a vir a Tomar, mais precisamente à Venda da Gaita, para aí escolher instrumento mais adaptado ao seu caso. Se necessário, podia até depois ir até às Cabeças, para aí selecionar uma mais ao seu gosto, nomeadamente entre as Algarvias (adoradas pelas inglesas, por exemplo), que poderia depois mandar experimentar no Cu da Mula, logo mais abaixo, no caminho de Água das Maias.
Como podeis constatar, leitoras e leitores, também na área dos topónimos curiosos e traiçoeiros, Tomar pede meças a muitas outras terras deste país. Só não temos infelizmente aquela aldeia da Beira Alta, concelho do Fundão, chamada Lavacolhos, apesar de haver no vale nabantino muitos praticantes dessa arte, tão do agrado dos políticos locais. Masculinos, já se vê, mas convém frisar nas novas circunstâncias.
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