"CONSEGUIMOS CALAR O GAJO!"
Foi na aparência uma brilhante vitória, para os ditadores encapotados e inquisidores que por aí há, aquela cagada no Tomar na rede, da qual fui vítima. E desculpem o vocábulo reles, que mesmo assim ainda peca por defeito, ao qualificar o que aconteceu. Não foi o equivalente das 15 punhaladas naquele escritor inglês, qualificado de blasfemo pelos obscurantistas iranianos e seus seguidores, mas andou lá perto. A tendência é a mesma. Sacrificar os apóstatas, que recusam apoiar o clero no poder e seus acólitos.
Mas estão enganados os retrógrados mal criados, que ousaram escrever sob anonimato coisas impublicáveis, mesmo nas democracias mais avançadas. Na verdade foi uma vitória pírrica. Venceram pela vergonha que provocaram nos outros, e pelo receio que de há muito vêm difundindo. Mas, ao contrário do que afirmam nos círculos íntimos do poder, não me conseguiram calar. Continuo a escrever sem entraves de nenhuma espécie, nunca me preocupando se vou ferir a, b, c, ou todos, conquanto procure, sempre que possível, evitar melindrar os leitores. Mas a verdade tal como a vejo, sempre acima de tudo.
É certo que o blogue onde escrevia tinha e tem outra audiência. Está porém por demonstrar que esses leitores se interessassem pelo que escrevo, a julgar pelo que agora se vê naquelas páginas. Salvo uma ou outra excepção, é de fugir a sete pés. Até mesmo uma das vozes inquisidoras de então, parece agora uma alma penada, que anda por ali perdida, em busca de incréus relapsos para queimar na sua fogueira de impropérios. É triste. Apoiar uma dada maioria e fingir que não é o caso, só para poder destilar o ódio e a inveja acumulados aos longo de décadas. Caso médico, sem dúvida.
Uma referência para quem dirige o blogue, que eu sempre julgara antes um defensor da liberdade de informação e de opinião, até às últimas consequências. O malcheiroso incidente veio revelar que estava enganado nesse ponto. O homem deixou-se vencer pelas circunstâncias, acabando por impedir o ofendido de se defender até ao limite. Apoiou por conseguinte os delinquentes primários. Ele lá saberá porquê. E arcará com o ocasional remorso, se for o caso.
Tomar a dianteira 3 é agora a voz inteiramente livre na urbe, em termos de análise e opinião, cujos únicos limites são as fracas qualidades do autor. O que se traduz para já num leitorado diário um pouco acima dos 150 visionamentos, num evidente silêncio imposto pelo receio de ficar marcado por ler tal blogue maldito.
É esse o problema. Deliberadamente ou não, tem vindo a acontecer em Tomar o impensável. Sobretudo a partir de 2015, uma maioria local socialista tem vindo a comprar todos os órgãos de informação da urbe, com dinheiro dos cofres públicos, enquanto vai procurando intimidar os cidadãos mais conscientes, com atitudes sectárias, indignas de militantes PS. Sei do que falo. Já fui da casa, quando era bem mais difícil.
Perante tudo isto, que não é nada pouco, e tem consequências inevitáveis no desenvolvimento da cidade e do concelho, os que insistem por gosto em ler Tomar a dianteira, têm agora uma escolha, que farão ou não. Ou continuam, como até aqui, a ler de forma encapotada, nunca admitindo explicitamente que o fazem, porque têm receio de eventuais represálias; ou, pelo contrário, passam a difusores activos do blogue, inscrevendo-se como seguidores, comentando, ou simplesmente dizendo aos amigos que são leitores do único órgão de informação livre e independente da cidade, e explicando porquê.
Ficam desde já os meus agradecimentos para os activistas que ousarem saltar a barreira do medo, instilado pelos do poder. Parafraseando Mao Tsé Tung, sobre o imperialismo americano: A actual maioria autárquicas e os seus mais acérrimos defensores, não passam afinal de simples tigres de papel, destinados a arder no próximo incêndio eleitoral. Se os espíritos livres que restam souberem e ousarem trabalhar nesse sentido.
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