quarta-feira, 3 de agosto de 2022

1 - Passeio na Levada

2 - No cruzamento da ARAL, da Nun'Álvares para a Combatentes

3 - Passeio na Levada, lado poente

4 - Passeios da Rua Infantaria 15 - antiga Rua Direita da Várzea grande

Obras municipais

Até que enfim!

Parece que finalmente, quase meio século após o 25 de Abril, cidadãos tomarenses começam a ignorar as cantilenas e benesses do poder local, alertando para erros graves nas obras municipais. Acontece com as obras ornamentais da Estrada da Serra, oficialmente avenida Garcês Teixeira. Há queixas várias de  flagrantes erros de cálculo, designadamente na rotunda junto ao MacDonalds e ao Continente.

Reduziram-lhe o diâmetro, e agora semi-reboques e autocarros são forçados a passar por cima de parte da relva, para poder curvar. Não é caso único em Tomar. Conforme se pode ver na imagem 2 supra, no cruzamento da Aral (onde está prevista um rotunda para o dia de S. Nunca à tarde), qualquer pesado que corte da Nun'Álvares para a avenida dos Combatentes, é forçado a passar por cima do separador central. E até agora não houve reclamação alguma, que se saiba.

Um pouco mais longe, na Estrada do Convento, um erro na execução das obras de melhoramento (?) originou uma situação caricata. Num pequeno troço, de apenas alguns metros, a largura da faixa de rodagem não é bastante para que dois autocarros possam cruzar-se. A situação já dura há mais de dez anos. Apesar disso, ainda não houve qualquer tentativa para emendar o que está mal. Atitude infantil para tentar negar o erro. Encrencas.

Alargando a observação, não são só os condutores de pesados, ou sequer os de ligeiros, que são por vezes prejudicados pelos erros de planeamento dos senhores técnicos superiores municipais, (sempre muito bem sentados no ar condicionado, frente ao computador), de quem lhes faz os projectos, e dos que deviam controlar o seu trabalho e não o fazem, porque é mais fácil. Há também erros clamorosos, que infernizam a vida dos simples peões, que se vão calando apesar de tudo, porque a isso foram habituados e o poder gosta e retribui.

Em plena Levada, uma antiga estrada nacional, que à entrada da Ponte Velha bifurca para duas outras, a de Coimbra e a de Leiria, existe o troço de passeio que se pode ver na imagem 3 supra. Serve para quê? Não cabe um carrinho de bébé, não cabe uma cadeira de rodas, não cabe sequer uma pessoa um pouco mais gorda. Mas está ali há mais de 10 anos e ninguém se queixa. E agora, para melhorar, instalaram uns mastros com umas bandeirolas toscas, que tornam a travessia do passeio ainda mais problemática, quando por exemplo se cruzam duas ou mais pessoas, o que é frequente.

Situação única? Era bom era! Há décadas que os minúsculos passeios da Rua Infantaria 15 -a Rua direita- são uma curiosidade turística, que permite aos visitantes rirem-se da pasmaceira tomarense. Portugal dos pequeninos. Porque aquilo não lembra a ninguém. Uns minipasseios só para enfeitar, para "fazer bonito", uma vez que não cabe lá nada. Nem carrinhos de bébé, nem cadeiras de rodas, nem pessoas avantajadas. São os chamados passeios só para complicar. Tornam a rua mais estreita para quem conduz, sem todavia melhorar a segurança de quem passa. Quando pode passar.

Apesar da evidente ofensa ao bom senso e ao bom gosto, só no outro troço da mesma artéria, a Rua Silva Magalhães, é que o Paiva -o odiado Paiva para alguns- resolveu acabar com a gritante anedota. Deixou de haver passeios, e até agora ainda ninguém, que se saiba, lastimou a mudança. Falta portanto saber o que terá levado a preclara maioria actual, muito bem assessorada pelos técnicos superiores ao seu serviço, a fazer obras de ornamentação na Várzea Grande, na Nun'Álvares, na Combatentes, na Torres Pinheiro, e agora na Estrada da Serra, antes de resolveram a situação ridícula da Rua direita, incluindo a substituição da rede de água de 1937, bem como o saneamento de emissário único, ainda do modelo três lajes -uma de cada lado e uma para tapar. Questão de oportunidade, sem dúvida. Como a prevista (?) rotunda da ARAL.

Conforme o leitor pode constatar mais uma vez, na cidade está tudo perfeito, ou quase, em termos viários. Tanto para os veículos como para as pessoas. O autor destas linhas é que é um malvado. Como dizem os eleitos, e os técnicos visados nos escritos, "o gajo só sabe dizer mal". Esquecem-se, ou  simulam ignorar, que afinal também eles (e elas), para usar o mesmo tipo de prosa labrega, quase só sabem fazer mal, além de também dizerem mal, como salta à vista de todos. E as várias habilidades camarárias são cada vez mais insuficientes para comprar todos os silêncios da urbe. Essa é que é essa!

1 comentário:

  1. As mães com os carrinhos de bebé ,os utilizadores de cadeiras de rodas e outros transeuntes , pelas razões que expôs acabam muitas vezes por utilizar a Rua dos Moinhos só que o lajedo que preenche a faixa central da mesma está necessitada de uma urgente e profunda limpeza ,agora com tanto movimento !

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