Exilado por opção própria, aqui a mais de sete horas de avião, procuro ainda assim seguir a actualidade do país e da minha amada terra natal. Leio as notícias nacionais na net e vejo a SIC internacional, que francamente não me agrada por aí além. Quase 15 minutos de publicidade e promoção caseira, após cada quarto de hora de notícias ou de outra programação, parece-me francamente demasiado.
Um bocado o que acontece também com a informação escrita via rede. Mesmo sem ser assinante, consigo ler o essencial no Expresso, no DN, no Le Monde, no El País ou no Libé. A triste excepção é o Público, um jornal de unhas de fome. Mal se abre, cobrem logo o conteúdo com uma oferta de assinatura, naturalmente muito vantajosa. Pois que lhes façam muito bom proveito as assinaturas assim conseguidas, mas comigo não contem.
Foto pstomar.blogspot.com
No âmbito local, estou bastante melhor. A Isabel do Templário presenteia-me com a edição electrónica daquele semanário, o que naturalmente agradeço. Consigo também ouvir episodicamente a Rádio Hertz e a Rádio Cidade de Tomar, via net, mas não dá muito jeito, devido à diferença horária, agora de menos 3 horas. Além disso, acedo quando necessário aos sites do Mirante, do Cidade de Tomar, da Hertz e do Tomar na rede, este ultimamente muito calado quanto a comentários de índole política...
Foi lendo ontem a página digital do decano da informação local que tive um sentimento ainda por explicar cabalmente. Porque, ao contrário do habitual, em que praticamente tudo na minha cabeça é claro e está bem ordenado, neste caso estou algo confuso. Se por um lado até já previ parte do agora sucedido, conforme pode ser consultado aqui, por outro lado, não esperava um desmoronamento emocional infelizmente tão rápido.
Citando declarações da presidente Anabela Freitas, que ainda não tive ensejo de ler na íntegra, Cidade de Tomar mostra que a autarca líder do PS começa a dar sinais que poderão ser, para os tomarenses em geral, tudo menos tranquilizadores. Dizer, à boa maneira do senhor de Lapalisse, ou dos publicitários do "Omo lava mais branco", "Espero o resultado que os tomarenses me quiserem dar", revela evidente cansaço psíquico, um ano antes do embate decisivo. Informar que "apresentou queixa por difamação em relação a publicações nas redes sociais" é inquietante. Porque é a primeira vez que tal acontece em Tomar, um presidente em exercício queixar-se judicialmente de abuso de liberdade de opinião. Porque dito assim, sem mais especificações, lança suspeitas sobre todos os que usualmente escrevem na Internet. Porque, finalmente, revela falta de tolerância democrática ou, pior ainda, vontade de perseguir para intimidar, tipo presidente turco, passe o óbvio exagero.
A menos que se trate simplesmente de questões do foro íntimo. Mas, a ser assim, melhor seria tratá-las privadamente. Ou explicar tudo de forma clara e completa. Assim é que não.
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