sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Está na hora de avançar!

António Freitas
Acabei de ler n'O Templário a excelente e oportuna entrevista, de Fernando Silva, tomarense e técnico de turismo, na sua tese sobre a candidatura da Festa dos Tabuleiros a Património Cultural Imaterial da UNESCO. Relembro que na 11.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que decorre entre 28 de novembro e 02 de dezembro, em Adis Abeba, Portugal volta a ser contemplado certamente, com o Barro Negro de Bisalhães. O presidente da Câmara de Vila Real já afirmou que a classificação do processo de fabrico do barro preto de Bisalhães pela Unesco, dará um novo impulso a esta arte ancestral.
Esta foi a candidatura que o Estado português escolheu para representar o país, na sessão que  este ano se realiza na Etiópia. A Câmara de Vila Real avançou com a candidatura da olaria negra de Bisalhães à Unesco por ser uma atividade que está em vias de extinção.

Em março de 2015, o processo de confecção do barro negro de Bisalhães foi reconhecido como património cultural nacional.



Em Tomar marcamos passo. Continuamos nesta inércia de nada fazer, ou fazer que anda e não anda, e a Festa dos Tabuleiros nem é património cultural nacional, quanto mais da UNESCO!
Depois do Fado, do Cante, dos Chocalhos e do Barro Negro, não seria de pintarmos a nossa cara de preto, a cor deste barro, mas de vergonha, por tanta vaidade demonstrada nas últimas edições da Festa dos Tabuleiros? Por tantos contributos e tanta mais valia que o autor desta tese desenvolveu, tal como o professor Carlos Trincão, mas que alguns "donos da festa", teimam em não aceitar? Porque não criar uma Comissão que, juntamente com a presidente de câmara, que de verdade não tem com ela gente de grande mais valia, que consiga ser um pouco mais que vencimento ao fim do mês e que com vontade, bata à porta, sem passar por impecilhos que se atravessem pelo caminho e diga:  "Senhora presidente, vamos a isto; está na hora; vamos avançar!”
Pouco a pouco, os outros avançam e nós sem sairmos da zona de conforto... a esperar sentados. Continuamos na teimosia de não sabermos aproveitar as mais valias e contributos; que são dados de borla! 
Afinal quem tem interesse em que tudo fique na mesma como a lesma?

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