Na sua entrevista ao Cidade de Tomar, entre outras bizarrias, Anabela Freitas revelou ter apresentado queixa contra incertos por publicações na Net, que considera difamatórias. Algo alarmado, posto que também escrevo na Net, e que com esta juventude política que nos pastoreia, tudo pode acontecer, fui indagar. Consegui assim apurar que está em causa um texto no facebook em que se acusa a presidente da autarquia de várias coisas do foro privado, entre as quais de andar a partilhar a cama com o 2º comandante dos bombeiros locais e de se preparar para o nomear comandante da mesma corporação, assunto já comentado anteriormente aqui.
Fui agora surpreendido pela publicação na Rádio Hertz de uma notícia também local, anunciando obras importantes no quartel dos bombeiros. Concluída a leitura e alinhadas as ideias, deduzi que a ocasião escolhida para as tais obras será tudo menos a melhor. Com efeito, numa cidade pequena, não faltará quem pense e diga que afinal não há fumo sem fogo. Ou, para ser mais preciso, não há fumo sem fogo, nem combate ao fogo sem agulheta, tratando-se de um quartel de bombeiros.
Muito infeliz portanto a decisão de Anabela Freitas, ainda por cima agravada com outra argolada de todo o tamanho. Segundo a mesma notícia, o Partido Socialista vai anunciar e explicar amanhã a referida obra de remodelação e ampliação. Só falta acrescentar que vão construir, melhorar e equipar vários quartos. Para o piquete. Nada de conclusões maldosas!
Pergunto eu, que sou ignorante nesta e em muitas outras matérias: Desde quando é que compete ao partido político que detém a presidência de uma autarquia, neste caso o PS, anunciar com antecedência uma obra a executar pelo Município? A presidente emudeceu repentinamente? Encontra-se incapacitada? O vereador socialista que ainda se mantém leal não a pode substituir? O sócio transitório da CDU também não?
Ou muito me engano, ou estamos já na baralhação final, típica das retiradas sem glória nem organização. Estarei a ver mal, designadamente devido à distância? Pois peço muita desculpa mas sempre ouvi dizer que "Em política, o que parece é." E, no caso presente, há um feixe de factos convergentes que não permitem grandes dúvidas.
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