sábado, 9 de dezembro de 2023



Tribuna do PSD - Tiago Carrão

GOVERNAÇÃO SOCIALISTA 
CONTINUA A IGNORAR AS EMPRESAS

A governação socialista da Câmara Municipal de Tomar continua a ignorar as
empresas tomarenses. Por preconceito ideológico, incapacidade ou capricho,
ou tudo isso, como me parece ser.
Nas Grandes Opções do Plano, no Orçamento Municipal e nos impostos para o
ano de 2024 que foram apresentados e discutidos na reunião de Câmara de
30 de novembro, fica à vista de todos a forma como o Presidente e
Vereadores socialistas olham para o tecido económico empresarial.
Desde logo, pela mensagem do Presidente da Câmara na introdução das
Grandes Opções do Plano e Orçamento: não há uma única referência às
empresas, nem uma simples palavra aos empresários! Entende-se, não
havendo nada de positivo a dizer, é preferível nada dizer. Ao analisarmos os
documentos, percebemos porquê.
2024 é mais um ano em que o desenvolvimento económico local continua a
ser o parente pobre do investimento para a governação municipal socialista.
Num Orçamento de quase 52 milhões de euros, para a economia local os
socialistas atribuem apenas 100€ (sim, leu bem, apenas 100€) para o
Empreendedorismo Jovem e 9.318€ para o Parque Empresarial (Zona
Industrial), manifestamente insuficiente para as necessidades e oportunidades
que aquele espaço representa para o crescimento económico do concelho e
que, há bem pouco tempo, até levou alguns empresários a manifestarem-se
publicamente contra a negligência da Câmara Municipal.
 Onde estão os apoios efetivos às empresas existentes e os incentivos aos
investidores? O Regulamento de Apoios e Benefícios Fiscais, proposto pelo
PSD, continua a aguardar a “luz do dia” há quase 2 anos.
 A criação de novos espaços industriais no concelho não sai do papel e, a
julgar pelo andamento do processo, arriscamo-nos a passarem vários anos
até serem realidade.
 Ao contrário do que tanta vez querem fazer parecer, não é por falta de
espaço que as empresas não se fixam em Tomar. Ainda recentemente
soubemos da existência de 7 lotes disponíveis na zona industrial, um dos
quais com mais de 5ha.
 A incubadora de empresas, há tantos anos reclamada pelo PSD e
empreendedores, nem sequer é considerada para o próximo ano.
 Na Derrama, os socialistas pretendem acabar com a isenção para
empresas com volume de negócios inferior a 150 mil euros, ou seja, vão
passar a aplicar uma taxa de 0,75% a cerca de 300 pequenas e médias
empresas do concelho. Para a CMT estamos a falar de uma perda de
receita de 30 mil euros, mas para as empresas pode fazer a diferença.
 Curiosamente, o mesmo Presidente da Câmara que propõe a redução da
taxa de IRS em 1%, abdicando de uma receita de 300 mil euros, no que
toca à Derrama diz-se incomodado com a perda de receita de 30 mil
euros, não permitindo a referida isenção. O apoio às famílias é,
obviamente, importante, mas sendo assim, porque é que a governação
socialista retirou do Orçamento a rubrica de 300 mil euros destinados a
apoiar as famílias em situações difíceis face à subida da taxa de juro no
Crédito Habitação?
As empresas são a “espinha dorsal” do tecido económico, criam postos de
trabalho, geram riqueza, e são fator crucial para a fixação de famílias, que
Tomar tanto precisa para inverter o declínio populacional acentuado nos
últimos 10 anos. Industriais, comerciantes, agricultores e tantos outros
empresários e empreendedores nos diversos setores da economia, devem
merecer o reconhecimento da governação municipal e, mais do que isso, ter
no Município de Tomar um parceiro ativo e envolvido.
Por mais vezes que a governação socialista se esqueça, cá estaremos para os
continuar a recordar das empresas e do seu contributo para o
desenvolvimento do concelho.



7 comentários:

  1. A derrama não faz qualquer diferença para as empresas. Por absurdo imagine que uma empresa faturava 150 mil euros e tinha um lucro tributável de metade, 75 mil. A derrama seria 562.5 euros. É um valor pifío para quem lucrou 75 mil. Era bom não era, uma empresa lucrar metade da faturação!!! Só em sonhos ou em situações muito especiais como a venda de activos. Só há uma maneira de desenvolver o país, que é baixar os impostos para que as pessoas tenham mais dinheiro na carteira e o possam gastar. Essa coisa dos ninhos de empresas, startups, etc..., é tudo uma fantochada. O Bill Gates e o Paul Allen fundaram a Microsoft numa garagem. O Steve Jobs não há de ter feito muito diferente. Não temos é empreendedores, o Tiago Carrão, com todo o respeito e espero que não me leve a mal não o é, porque se fosse, se tivesse esse espírito, dedicava-se a 100% á empresa para a fazer crescer. Uma empresa com meia dúzia de anos requer dedicação a tempo inteiro, a pessoa não tem tempo para a política. É um facto e espero que não me leve a mal o referir.

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  2. Por ter e por não ter.
    A contradição vem na lista:
    "A criação de novos espaços industriais no concelho não sai do papel e, a julgar pelo andamento do processo, arriscamo-nos a passarem vários anos até serem realidade.
    Ao contrário do que tanta vez querem fazer parecer, não é por falta de espaço que as empresas não se fixam em Tomar. Ainda recentemente soubemos da existência de 7 lotes disponíveis na zona industrial, um dos quais com mais de 5 ha."
    Por acaso, concordo mais com a primeira frase, é preciso espaços empresariais, apesar de decorrer da segunda que espaço há muito.
    Mas acima de tudo, o que faz mais falta, para ambas as versões, é a captação. Essa nem é feita com grande investimento da Câmara. Basta pôr os serviços da Câmara, a tal Tomarinvest na rua, a trabalhar junto de empresas nacionais à procura de expansão ou de setores que estão a precisar de locais para se instalarem. Basta também ativar, no sentido de terem atividade, os protocolos existentes com as associações empresariais e os organismos de captura de investimentos.
    As incubadoras... A Airliquide está a precisar de incubação?

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    1. O que me preocupa é a falta de tino ou de noção da realidade dos nossos políticos. Um imposto de 0.75% (sobre o lucro) é que pode fazer a diferença!!! O que dirá o professor Rebelo que tem de dar ao estado 28% do que cobra pelas rendas!!! Ou nós consumidores que pagamos 23% de IVA na electricidade, se ainda não tiver sido alterado. Além da derrama as empresas também têm de pagar o IRC, mas não são esses 0.75% que fazem a diferença. A taxa de IRC normal é de 21% e os primeiros 25 mil euros são 17%.

      Eu conheço alguns casos, infelizmente não são muitos, de tomarenses empreendedores que começaram do nada e hoje são multimilionários, não haviam startups, nem ninhos, nem incubadoras, nem nada. Havia talento, vontade e também foi precisa alguma sorte.

      Está se a transmitir a ideia errada que a cidade não avança por falta destas infraestruturas. É errado. Tem havido investimento em Tomar, isso é inegável, agora á que perceber em que condições ele é feito. É tudo em segredo, os políticos PS e PSD fazem protocolos confidências com as empresas com o dinheiro dos outros, não é com o deles. Onde é que está a transparência??!!! Ainda me lembro quando o PSD trouxe a Softinsa para Tomar de ler um jornalista do Mirante a perguntar a um director da IBM Portugal quanto é que seria o investimento e quantos postos de trabalho seriam criados e a resposta foi que um posto de trabalho não tem preço!!! E pensei para comigo: 'Um posto de trabalho não tem preço???!!! Essa está boa!!! Que merda de projecto!!! E ainda gostava de saber em que condições a AirLiquide veio para Tomar....

      Mas tem havido investimento em Tomar e a receita da derrama tem crescido bastante durante os mandatos de Anabela Freitas. Vejam a evolução. Salvo erro os últimos valores andam pelos seiscentos mil euros. Não há é indústria, é só lojas dos chineses e dos trezentos...

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    2. Gastaram-se milhões em infraestruturas de oportunidade e necessidade duvidosas, mas as carências gritantes na área do acolhimento turístico continuam na mesma. Como se Tomar fosse uma autarquia de cegos, que só vêem o que lhes convém.

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    3. Eu achei um feito notável eles terem conseguido o investimento do Vila Galé. Eu sei que você defende que se deve de apostar também noutro tipo de turismo mais acessível, como fazer um parque de campismo, e eu não tenho dados para discutir consigo. Outro exemplo que eu lhe quero deixar é eles terem reaberto o cine-teatro, ainda não fui lá mas quero ir. O Paiva foi um desastre, muito mau, e deixou um buraco gigante nas contas.

      Eu apesar de estar a fazer este elogio não quer dizer que concorde com o rumo que Tomar levou, já o disse e reafirmo. É um tipo de desenvolvimento que não é sustentável. Posso lhe dar como exemplo que Tomar não tem cinema comercial, não é rentável. Quem quiser cinema comercial tem de ir a ourém ou torres novas. Eu se fosse oposição e tivesse pretensões de poder analisaria o que foi bem feito, e muita coisa o foi, e corrigiria os erros. Veja a evolução da receita da derrama ao longo dos dez anos de Anabela Freitas e vai se surpreender.

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    4. Acha um feito notável vender por 706 mil euros um bem alguns anos antes avaliado em três milhões de euros? Eu não. Isto para não falar do que se seguiu, nomeadamente uma série de construções em leito de cheia, e uma célebre eleição para o Turismo do Centro, em que o comprador das ruinas de Santa Iria era o mandatário da lista. Mas em Portugal vale tudo, de há uns anos para cá, pelo que o melhor é calar-se e ir bebendo chá de tília para acalmar.

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    5. Eu acho sempre muita graça ás avaliações porque quem avalia nunca se chega á frente com o dinheiro. Avaliar é fácil. Se o Vila Galé pagou setecentos mil euros por aquilo a câmara deveria de ter chamado o avaliador e perguntado: 'ouça lá. Você não quer dar 750 mil por isto. Vai ficar a ganhar 2 milhões e 250 mil euros'. Quem é que não gostaria de ganhar 2.250 milhões de euros num negócio? Obviamente toda a gente. Aquilo estava tudo podre e valia o que quisessem dar. Durante muitos anos ninguém pegou naquilo e foi um bom negócio para Tomar, se o Galé foi o único a fazer uma oferta. Obviamente se algum empresário ofereceu mais e a câmara favoreceu o Galé aí já é outra coisa. Para mim se o Galé construiu a piscina em leito de cheia não me afeta nada, é problema dele e da seguradora. Irei visitar aquilo em Março e se me agradar é um espaço que eu conto visitar com assiduidade. Quanto ás eleições para o Turismo do centro é uma novidade que você me está a dar, não sabia.

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