sábado, 2 de dezembro de 2023


O bairro 1º de Maio, a partir do satélite google earth. O norte é para cima. A primeira rua à esquerda é a de Santo António. Observem-se os antigos logradouros, agora todos ocupados ilegalmente com construções clandestinas.

Habitação em Tomar

Novos alojamentos para quem?

TOMAR – Orçamento para 2024 rondará os 52 milhões. PSD votou contra e lamenta retirada de apoio a famílias com dificuldades emergentes | Rádio Hertz (radiohertz.pt)

No orçamento para o próximo ano, a maioria PS pretende incluir a construção de 32 + 60, num total de 92 alojamentos a custos controlados. Os vereadores PSD votaram contra, pois quando se pergunta  alojamentos para quem, não se consegue uma resposta satisfatória.
Pelo que se entende, trata-se de norma partidária PS. Segundo a informação regional, todos os municípios da região vão construir habitação social, excepto o Entroncamento. De acordo com a oposição local,  há na cidade ferroviárias muitas casas devolutas, pelo que construir novos apartamentos representa ou um desperdício, ou vontade excessiva de realojar determinadas camadas da população, que os especialistas partidários supõem votar socialista, até descobriram já demasiado tarde que afinal preferem o BE e a CDU, como é mais lógico. O invocado exemplo tomarense, a existir, não se propagou, podendo bem ser apenas transitório.
Seja como for, é preocupante observar a insistência do PS Tomar na construção de mais habitações sociais, quando há três bairros que já ultrapassaram o limite de idade, e terão por isso de vir a ser requalificados ou substituídos mais cedo ou mais tarde. Destaque para o 1º de Maio, onde é possível duplicar a capacidade a custos moderados e sem incomodar demasiado os actuais ocupantes. Basta para tanto recorrer aos terrenos dos logradouros, agora ilegalmente ocupados com construções clandestinas. (ver imagem supra)
Outro aspecto importante a considerar é a situação particular de Tomar no contexto da região. A oposição do Entroncamento, que rejeitou 17 milhões de euros a fundo perdido para alojamentos sociais, alegando que há na cidade muitas casas devolutas, vive num concelho que perdeu apenas 1,55% do eleitorado (menos 265 eleitores inscritos, num universo de 16.998), entre 2013 e 2022.
Comparativamente, Tomar, que pretende avançar com 92 novos alojamentos a custos controlados em 2024, perdeu 10,69% do eleitorado (menos 3.605 eleitores inscritos, num universo de 33.705), entre  2013 e 2022. É portanto imperioso perguntar: Se os eleitores desaparecidos nos últimos dez anos não eram todos sem abrigo, e devem portanto ter deixado alguns alojamentos devolutos, os novos 93 alojamentos previstos destinam-se a quem? É preciso lembrar que 93 alojamentos = 1806 cidadãos?
Que se saiba, a única comunidade local que tem crescido nas últimas décadas em Tomar, são os ciganos, e ultimamente os imigrantes, o que se nota designadamente pelo número de crianças em idade escolar. São para eles os novos alojamentos a custos controlados? E terão recursos suficientes para pagar rendas normais, ou pelo menos razoáveis? E a vizinhança vai aceitá-los com aplausos e palmadas nas costas? Convém pensar um bocadinho antes de mergulhar, para evitar congestões ou afogamentos, que costumam acontecer muito a quem não sabe nadar.
É a oposição do Entroncamento que está a ver mal a situação? Ou será a maioria socialista tomarense que está a confundir a beira da estrada e a Estrada da Beira?

5 comentários:

  1. Eu fico estupefacto como é que um indivíduo que esteve envolvido em tanta polémica, que criou tantos anticorpos na sociedade portuguesa como o PNS se vai candidatar ao cargo de primeiro-ministro!!! Isso é cegueira...Vai ser um fartote para os adversários...

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  2. Como já lhe disse o seu amigo maçon e deputado é mesmo nabo. Nem aposta no cavalo certo...

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    1. É natural, Helder. Se nascemos na Nabância, somos todos nabos. O problema é que há sempre uns mais nabos que os outros. E entre nabos, nabiços, nabistas, nabucos, nabões e assim, quem consegue escolher?

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    2. Nós precisávamos de políticos que explicassem e educassem as pessoas: O ordenado minímo pode subir para os 2000 euros, as reformas também, mas existirão sempre pobres. Até no Luxemburgo que é um país tão pequeno há população abaixo do limiar da pobreza, pesquisem no google. Os políticos ao invés de virem com essa treta do fascismo e da extrema direita que expliquem ás pessoas o que fazer para terem mais rendimentos. Eu invisto o meu dinheiro e dentro de uma semana espero receber na minha conta 1300 dólares de dividendos da Brasilagro, é convertido para libras. Também recebo excelentes dividendos da Petrobras. Tenho um carro com onze anos, podia ter um novo, mas prefiro ir investindo e aumentando o meu património. Se você de uma quantia considerável a uma família que passe necessidades eles escavacam-no todo quase de certeza.

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  3. Chama-se a isso dar tiros nos pés.

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