O Bairro calé visto pelo satélite Google earth. Quando se soube que é ilegal perante a legislação europeia, porque mono-étnico, foi logo rebaptizado "Centro de acolhimento temporário". Quanto tempo vai durar o temporário?
Duas notas singelas:
1 - Cidadãos vivendo do rendimento mínimo, com energia solar e automóvel à porta, só mesmo na Europa. No Brasil, por exemplo, o rendimento mínimo não dá nem para bicicleta, e energia eléctrica só "grampeada" ilegalmente.
2 - Na imagem vêem-se 7 automóveis. Ampliando, topa-se que só dois estão bem estacionados. Neste caso, não tem qualquer importância, porque há muito espaço livre e não mora ali mais ninguém. Agora imagine-se num outro bairro, mais povoado e com menos espaços livres. Se a maior parte nem respeita a sinalização para estacionar, é fácil imaginar o resto.
Mas como dizia o Pangloss, em Tomar vai tudo bem, no melhor dos mundos possíveis, segundo a maioria PS e respectivos lacaios de serviço..
Migrantes e imigrantes
Ignorância, intolerância, arrogância
Ou pesporrência, para os mais versados em termos lexicais. É uma das vertentes da triste herança deixada por Anabela Freitas aos tomarenses. Adeus diálogo, adeus convivência, adeus divergências assumidas. Tudo para calar quem não concorda, nada para ajudar os críticos. Um enorme e dispendioso esforço em prol do silêncio e da subserviência. Como antes, no tempo da outra senhora, mas agora com a etiqueta democrática, uma óbvia contradição. Democracia calada? Muda? Amordaçada?
Quem ouse questionar as obras ou opções da maioria socialista tomarense, é automaticamente excomungado, como nos tempos da Santa Inquisição. Ou banido e ostracizado, como na Grécia e Roma de outrora. As obras da Várzea grande? Um dos grandes êxitos do urbanismo camarário freitiano. O realojamento dos ciganos do Flecheiro? Uma extraordinária vitória sem mácula do querer e do saber socialista nabantino.
Há no caso dos calés sérios e crescentes problemas de integração social? É tudo má língua, respondem os eleitos e alguns funcionários, que apesar de superiores, recusam o debate, a hipótese de ter havido algumas falhas involuntárias, designadamente por falta de experiência. O que leva a perguntar -andaram nas universidades, quando andaram, a fazer o quê? A aprender a insultar os dissidentes e os adversários de circunstância, confundindo-os com inimigos?
Para que dúvidas não subsistam sobre o complexo processo de realojamento dos migrantes do Flecheiro, por favor leiam a crónica deste link: O MIRANTE | O Regresso do Diabo
O seu autor, Santana Maia Leonardo, que tem uma longa e brilhante carreira cívica e política, foca só o caso dos imigrantes que vêm para trabalhar e para se integrar. Agora imagine-se o caso dos ciganos, cuja repulsa perante o trabalho é bem conhecida e que, salvo muito raras excepções, recusam sistematicamente qualquer integração, invocando tradições ancestrais e modos de vida pouco compatíveis com o mundo moderno.
Se após a leitura desta crónica e do link referido, pelo menos algum eleito ou funcionário autárquico, reconhecer, num inesperado assomo de humildade, que realmente houve erros no processo do Flecheiro, que convém reparar pelo diálogo, já terá valido a pena, para além da memória futura, o tempo perdido a escrever estas linhas.
Eu sigo algumas reuniões da assembleia municipal mas não todas mas os deputados da oposição deveriam de perguntar ao Presidente se foi feita alguma avaliação ás medidas de integração para saber se as mesmas estão a resultar. E são coisas simples como quantos membros dessa etnia é que acabam o 12 ano, por exemplo. Eu já não pergunto quantos ciganos dessa comunidade pagam impostos porque eu já sei que não o fazem, essa malta que andam pelas feiras a vender material contrafeito não pagam nada. Quantos membros da comunidade têm problemas com a justiça por crimes como assaltos, tráfico de droga e armas. Avaliem-se as medidas.
ResponderEliminarÉ como se não houvesse problemas nos bairros, em algumas ruas e no mercado das extas-feira, pois a informação local só publica o que não incomoda a autarquia. A informação que não é publicada, de facto não existe. Por isso vai tudo bem em Tomar. Até que um dia...
EliminarSim. Bairro mono-étnico não é correto. Não resolve os problemas que impedem a sua integração, sem querer com isto dizer que não se devam respeitar aspetos fulcrais da sua cultura - refiro-me à etnia cigana. Devemos respeitar. Certamente em Tomar foi o que se pôde encontrar como solução temporária. Onde vivo vivem várias famílias de etnia cigana e o curioso é que algumas delas fizeram parte de uma comunidade que, no início da década de 80, foram realojadas na base de um programa bem elaborado no concelho de Sintra, em que tive alguma participação, depois de um Seminário de formação para o efeito, durante alguns dias, orientado pela Fundação Friedrich Ebert muita ligada ao PS. Frequento um restaurante e dois cafés com empregados descendentes de ciganos e, às vezes, vejo o meu glorioso Benfica na televisão, num café aqui próximo, na companhia de alguns deles - dois ou três - que têm muito bom gosto e boa formação desportiva, prova de boa integração.
ResponderEliminarA etnia cigana faz parte da nossa História há vários séculos, sujeitos sempre a uma vida nómada porque não os autorizavam a fixar-se - apenas temporariamente. Quem viveu sempre na cidade, como tu, António Francisco Rebelo, não os vias, como eu, que vivi em Marianaia até aos 12 anos (Marianaia, que lindo nome!) em deslocação, de verão e de inverno - metia dó.
Deixo dois LINKS de dois excelentes trabalhos jornalísticos sobre o tema, na esperança de a eles conseguires aceder. E bem precisas Francisco Rebelo. Essa de relacionares o "automaticamente excomungados" com o Partido Socialista....... Controla-te Rebelo! Parece que não dás conta que as ditaduras sobre os povos estão a proliferar - por todo o lado - por todo o mundo - por toda a Europa. E essa treta dos ciganos, imigrantes, etc., agora com o renascimento do antissemitismo, está mesmo a tornar-se perigosa. Aprende comigo, António!
Ao ler no artigo do professor que no Brasil o rendimento minímo não dá nem para bicicleta lembrei-me de uns videos que vi no YouTube onde vi a alegria dos Youtubers brasileiros quando chegam a Portugal e compram o carro, normalmente chassos com 20 anos mas que para eles é como se fosse um Ferrari!!! É uma coisa que só vendo, fiquei muito impressionado com o valor que eles dão ás coisas, para eles é uma conquista. E já agora uma pergunta para o professor: Aí no Brasil não há veículos utilitários a diesel???!!!
ResponderEliminarHá sim senhor, e até nem são muito caros. O problema é o baixo nível dos salários e vencimentos. Aqui no Ceará um professor do primeiro ciclo ganha cerca de 3 mil reais/mês e um pedreiro ganha 125 reais por dia, mais 10 reais para almoço ( uma libra inglesa = 6,20 reais, um euro = 5, 10 reais). Só os militares, os eleitos, os funcionários superiores e os juizes é que são bem pagos. Um deputado federal, por exemplo, arrecada 30 mil reais/mês + subsídios + ajudas para comprar fatos.
EliminarDepois de ler o seu comentário pesquisei no Google e apareceu isto
ResponderEliminarhttps://quatrorodas.abril.com.br/auto-servico/por-que-nao-ha-carros-de-passeio-com-motor-a-diesel-no-brasil
Estive a ver num site de venda de carros, tipo standvirtual.com e realmente aparecem carros a diesel mas são pick ups, aí no brasil chamam-lhes picapes. Eu quando falei utilitários referia-me a carros como um opel corsa, um renault clio, um seat ibiza, coisas do género. E já agora é verdade que aí no brasil as pessoas têm por costume comprar tudo parcelado? Por exemplo uns ténis Nike ou adidas que aqui em Portugal a malta compra a pronto, quem quiser prestações só no cartão de crédito, mas aí no Brasil é normal verem-se itens tipo roupa e calçado parceladas?
ResponderEliminarHá mesmo essa prática do parcelado, que deve de ser uma necessidade porque os juros cobrados são altíssimos. Houve ontem uma pequena redução do CELIC, a taxa base interbancária, que mesmo assim ficou em 1,18%...ao mês!
EliminarSobre os carros diesel, não estou por dentro. O Brasil com a maior parte da população é lá para baixo, a mais de 2 mil Kms daqui. O estado de S. Paulo tem 46 milhões de habitantes, com 20 milhões na própria capital. No Nordeste, onde vivo, a gasolina custa menos de 6 reais o litro e o etanol 4,90. Mas a distância de Fortaleza ao Rio de Janeiro é de 2.600 Kms, por estradas que por vezes ainda têm buracos, e com velocidade limitada a 60 quilómetros/hora na travessia da povoações. Auto estradas? No norte e nordeste ainda não há.