segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Imagem copiada da página da Rádio Hertz, com os agradecimentos de TAD3

Ambiente e Património

Por isso a antiga Cerca conventual está assim...

OURÉM – Proposta de Plano de Cogestão do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e do Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios Ourém-Torres Novas, está em consulta pública | Rádio Hertz (radiohertz.pt)

Foi um feliz acaso. Vejo todos os dias a página da Hertz, sempre bem informada e bem feita, na qual leio o que me parece mais importante. Desta vez chamou a minha atenção a peça referida no link supra, que nem sequer menciona Tomar. Apenas Ourém, Torres Novas e Alcanena.. Porquê o meu interesse? Porque é a direcção do Parque Nacional das Serras de Aire e Candeeiros - PENSAC que tutela também a Mata dos Sete Montes. 
A sede administrativa do PENSAC é em Torres Vedras, a mais de cem quilómetros de Tomar, e na Mata dos Sete Montes há apenas um funcionários, quando em tempos chegaram a ser 8. Quando ainda havia lagar e carro de bois. Onde isso já vai!
Pelo teor da notícia da Hertz, percebe-se que as Câmaras de Ourém, Torres Novas e Alcanena, resolveram meter mãos à obra, para enfrentar os graves problemas do Parque natural e das Pegadas de Dinossauro da antiga Pedreira do Galinha, que o Estado comprou por dois milhões de euros, envolvendo-se num programa de cogestão.
Está assim explicado o manifesto abandono da Mata dos Sete Montes. A doença é geral. Precisando dos votos, as várias tutelas deixaram de poder controlar os funcionários, que estão praticamente em autogestão. Pouco ou nada fazem, e está tudo bem. A vegetação não protesta e a Câmara de Tomar também não. Dos cidadãos é melhor não dizer nada, para evitar incompreensões.
Seria contudo uma excelente ocasião para o Município nabantino, obter do governo a gestão da Mata dos Sete Montes, alegando o considerável afastamento geográfico em relação ao parque natural e às Pegadas, bem como o estado lastimável em que se encontra a velha Cerca conventual.
Mas quê? Se nem conseguem gerir como deve ser o Mouchão, nem os pequenos espaços verdes da cidade, como iriam resolver o imbróglio da Mata e dos Pegões? Como dizem os caipiras brasileiros, "Quem nasceu pra lagartixa, nunca chega a jacaré." E quando não se esforçam, por estarem convencidos, contra toda a evidência,  de que estão cheios de razão, pior é.

ADENDA: caipira = campónio, rural, simplório


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