Economia local
Uma "excelente candidatura" rejeitada
O MIRANTE | Tomar fica de fora dos Bairros Comerciais Digitais
Há tomarenses que consideram injustas as críticas de Tomar a dianteira 3 à governação socialista local. Falta de hábito. Uns porque são mesmo socialistas e não conseguem admitir que os camaradas possam cometer erros, ou até enganá-los deliberadamente. Outros porque, considerando-se de esquerda, votaram no PS e agora sentem-se enganados, mas não o querem admitir. Uma situação nada confortável em termos intelectuais, reconheça-se, numa terra cuja população não está nada acostumada a admitir e corrigir erros.
Houve até alguns conterrâneos, felizmente poucos, que ousaram aconselhar-me a deixar de criticar, sem todavia aduzirem qualquer justificação para tanto. Nem se deram conta da enormidade da coisa, na realidade mero absolutismo ditatorial, tipo quero, posso, mando, faça-se.
Uma das críticas que mais parece irritar os queridos concidadãos é a chamada de atenção para a evidente bronca da candidatura da Festa dos tabuleiros a património imaterial da UNESCO. Já se arrasta há mais de quatro anos e já custou mais de cem mil euros, sem que se saiba até agora quando ou se será aprovada. Porque é uma boa candidatura, bem pensada e melhor elaborada? Ou, pelo contrário, uma sucessão de equívocos mal disfarçados, para não dar o braço a torcer, assim tipo esperteza saloia?
Com o PSD praticamente já acomodado e calado quanto a esse infeliz processo dos Tabuleiros, apareceu depois uma outra candidatura, mais séria porque a fundos europeus (ler link supra). "Excelente, um sucesso", como tudo o que faz ou manda fazer a maioria socialista, com destaque para a área do turismo e cultura, o citado processo foi aprovado, mas sem direito a subsídio, o que equivale a rejeição maquilhada de aceitação.
A Câmara, muito segura da sua razão, apresentou um recurso, o qual acaba de ser indeferido. Porquê, se a candidatura era de tão boa qualidade? A de Santarém, por exemplo, de qualidade média ao que consta, ficou em 7º lugar entre as 160 apresentadas, e foi contemplada com verbas europeias. A de Torres Novas também. A de Tomar, agora afastada em definitivo, tinha ficado em que lugar e porquê?
Isso é que era importante apurar, para se acabar de vez com posições oficiais de faz de conta, em que a maioria PS é sempre vítima da má vontade alheia. Há mitos demasiado persistentes, que dão ideia da haver na autarquia especialistas a nadar em potes de iogurte.
Na maioria socialista devem pensar, se calhar, que os eleitores tomarenses são todos, ou quase, uns adolescentes sem grande experiência da vida e das suas armadilhas, algumas mais subtis que outras.
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