Cerca e Pegões

Ainda nem tudo está perdido

Andava um bocado descrente com os numerosos fotógrafos tomarenses. Pedi a vários que fossem fotografar as quatro nascentes dos Pegões (Boca da cano, Cu alagado, Vale da pipa e Porta de ferro), bem como aquela parte onde um cidadão da zona resolveu cortar um arco pequeno do aqueduto, para poder passar com veículos, mas até agora em vão. Não posso, não tenho vagar, não seu onde é, não tenho transporte, nunca vou para aquele lado, eis algumas das cómodas respostas. Terá de ficar lá mais para o verão, e lá irei então, montados nos meus 82 anos, com dois de guerra em África. Porque eu gosto mesmo da minha cidade natal. Mas somos um povo assim. Excelentes pessoas, dependendo para o que seja. Cheirando a política, ou a crítica à câmara, é como os ciganos quando vêem um sapo à entrada de um estabelecimento, mesmo que seja de loiça da Caldas...

Mas ainda nem tudo está perdido. Mão amiga, (uma das do costume), a quem se agradece,  enviou algumas imagens do quase cadáver do jardim da Mata. Bem diziam os técnicos competentes em Abril, e garantiu depois a presidente de então. Um fungo atacou o buxo do jardim da Mata, mas com tratamento adequado tudo estaria capaz para os Tabuleiros.

Foi dito e feito. A Câmara gastou uns milhares de euros em pulverizações, os responsáveis do PENSAC abriram os cordões à bolsa, gastando uns bons milhares de litros de água da rede, para regar de noite e de dia, e a coisa ficou assim à tomarense -mais ou menos.

Os Tabuleiros foram em Julho, as respectivas contas ainda não apareceram, mas o tal fungo é que não falhou. Muito selectivo, leva o buxo e os arbustos a eito, mas poupa as ervas e os arbustos mais pequenos, conforme mostram as imagens. A alegada falta de água subterrânea, vinda dos Pègões e depois do Castelo, pela encosta norte da Cerca, é só má-língua. Até porque também se vê muito bem nas imagens que a Mata está muito bem cuidada e muito bem limpa. Como algumas ruas da cidade antiga.