Réveillon de Fortaleza 2023/24
Meios humanos e materiais
em quantidade suficiente
Segundo a Prefeitura de Fortaleza (No Brasil, em cada município a câmara municipal é a nossa assembleia, e quem governa é o prefeito, eleito em lista individual, que depois nomeia os seus secretários executivos, consoante a importância do município. Na capital do Ceará são cerca de 25, para mais de dois milhões de habitantes).
No concerto de 29 de dezembro, com Roberto Carlos, estiveram cerca de 500 mil pessoas, segundo a prefeitura, sobretudo gente com mais de 50 anos. O artista tem agora 82 anos. Antes do espectáculo de 30 de dezembro, com Marisa Monte e mais quatro artistas, Tomar a dianteira 3 fez uma pequena reportagem fotográfica, a partir das 17 horas. Os concertos começam às oito e meia da noite. Eis o que se apurou:
Em cada uma das ruas que conduzem à marginal, e daí ao aterro onde decorrem os concertos, há dezenas e dezenas de barracas de comes e bebes, entaladas entre os arranha-céus. Algumas até têm cadeiras e mesas. Nas proximidades, há camiões privados que vendem aos ambulantes, para revenda, gelo em escama ou em cubos, garrafas de água, cocos, mangas, abacaxis e espigas de milho.
No aterro, mas virados para a avenida marginal, dois grandes postos médicos avançados, com pessoal médico e ambulâncias à porta.
Em plena avenida, viatura da polícia militar, ambulâncias e bombeiros sapadores.
Muita polícia, incluindo um autocarro-esquadra móvel (do lado esquerdo). Os agentes com trajes luminosos são da polícia de turismo, equipada com viaturas 4x4 que podem circular na areia da praia.
Em todo o aterro há dezenas de torres de segurança, como esta. Em cada uma, dois polícias equipados com binóculos, rádios e webcameras. É manifestamente outra logística, que faculta mais segurança e tranquilidade aos cidadãos. Imaginem, se em caso de indisposições súbitas, ou coma alcoólico, por exemplo, era preciso chamar o 112, e aguardar uma ambulância vinda de outra terra, a 15 ou 20 quilómetros, num país que tem cidades a três mil quilómetros da costa atlântica (Manaus AM, por exemplo).
Herdaram sem dúvida muita coisa dos portugueses, a começar pela língua e pela evidente fraternidade. Mas ninguém arma ao pingarelho, como acontece pelas margens nabantinas. O país é de longe o maior da América do sul. Os seus habitantes não precisam da mania das grandezas para nada. Limitam-se a fazer as coisas como devem ser feitas, sem vaidades nem mentiras. Se um dia fizermos como eles, só teremos a ganhar.
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