Defesa do património
BOM TRABALHO DOS AMIGOS
DO AQUEDUTO DOS PEGÕES
Amigos do Aqueduto inovaram na montagem do presépio | Tomar na Rede
Tenho muito respeito e consideração por todos os cidadãos que, sem esperar benesses, se dedicam à defesa e manutenção do património. É o caso do Grupo de amigos dos Pegões, com um trabalho notável na área da limpeza, desmatação e divulgação daquela monumental obra de arte. Há no entanto um aspecto que me preocupa bastante.
Todos os que nos interessamos por estas coisas, sabemos que desde a saída do Convento do Seminário da missões, nunca mais a água voltou a correr no aqueduto, chegando à Torre de Dª. Catarina. Porque a cortaram na zona dos Brasões, mais precisamente na imponente casa da água da nascente da Porta de ferro.
Tratando-se de um bem público, como o próprio aqueduto onde corria, já alguém procurou saber o que aconteceu e o que se passa? O que tem impedido os amigos do aqueduto, a Junta de Carregueiros, a Câmara, a direcção do Convento de Cristo ou a da Mata de apurarem os factos e procurar uma solução? Para lá da nascente da Porta de ferro, alguém destruiu um pequeno arco do aqueduto, para poder transitar com veículos agrícolas. Foi há mais de 30 anos e até hoje ainda ninguém se deu conta? Acham normal destruir assim um património público, de todos e com quatro séculos?
O triste estado do jardim da Cerca, (ver imagem) bem como as muitas arvores que vão secando por falta de água, tanto na Mata como no Castelo, mostram que estamos perante um crime ecológico à vista de toda a gente, sem que alguém se incomode. Nem sequer os quadros técnicos da Mata, que arranjaram aquela desculpa do fungo. A Câmara gastou uns milhares de euros em desinfestação e o resultado aí está, para quem queira ver.
Acordem tomarenses! Amigos ou não do aqueduto e da Mata, mexam-se, antes que seja demasiado tarde! O aqueduto sem água é como um rio seco. Vai-se degradando cada vez mais, até não ter conserto possível.
Vão à casa da água da Porta de Ferro e fotografem aquela vergonha das árvores a crescerem em cima de uma abóbada renascença do século XVII. Vão mais além, e colham imagens do aqueduto cortado, bem como das nascentes do Vale da Pipa, do Cu alagado e da Boca do cano. Se vos parece muito longe, vão de carro até à saída para o Agroal, pela estrada velha, e entrem pouco depois do lado esquerdo. Vejam no googlemaps, e boa sorte.
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